O secretário regional de Mar e Pescas na Madeira, Teófilo Cunha, afirmou esta quarta-feira ter ficado “incrédulo” por apenas 1,8 mil milhões de euros do valor total do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ser dedicado ao mar.

O governante criticou o facto de o PRR, com verbas de 16,6 mil milhões de euros, alocar ao mar apenas “1,8 mil milhões de euros da sua dotação total”.

“Não deixo de ficar incrédulo”, salientou, argumentando que o mar “já representa para a região 10% do PIB e 5% ao nível nacional”.

Teófilo Cunha falava na sessão de encerramento do primeiro Encontro do Mar, uma conferência organizada pela tutela na Madeira e que juntou um conjunto de entidades para discutir a economia azul, na terça e quarta-feira

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O secretário regional de Mar e Pescas considerou que o mar foi tratado no PRR “como um parente pobre” pelo Governo nacional, assumindo depois que “a região não baixa os braços nem o Governo Regional [PSD/CDS-PP] o fará”.

Teófilo Cunha lembrou também que a região foi pioneira num conjunto de iniciativas, como a central de dessalinização do Porto Santo, há mais de 40 anos, e a produção de peixe em cativeiro em mar aberto.

Lançou, igualmente, um repto aos privados que operam em todas as atividades ligadas ao mar para que não tenham “medo de arriscar”, realçando que “há uma responsabilidade das empresas” na inovação e melhoria da economia.