Luís Marques Mendes acredita que, com o desgaste do Governo, o ciclo político que agora se inicia pode ser a oportunidade de Rui Rio para chegar primeiro-ministro. No comentário semanal na SIC, o antigo presidente do PSD diz que pode mesmo vir a “aplicar-se a Rio a célebre frase: será primeiro-ministro, só não se sabe se agora ou se daqui a dois anos“.

Marques Mendes continua a dizer que António Costa perder as eleições a 30 de janeiro “não é hoje o cenário mais provável“, mas chama atenção para alguns problemas que o líder do PS vai enfrentar: “O Governo está muito desgastado, não tem a frescura de 2019 e o primeiro-ministro não é brilhante em campanha.” Além disso, “os debates televisivos a dois, a que ele não pode fugir, também não vão ser fáceis.”

Mesmo que Costa vença com uma “maioria relativa”, Mendes antecipa que “ganha eleitoralmente mas perde politicamente”, já que a” partir de agora não tem geringonça. Logo, tem piores condições de governabilidade do que tinha até aqui.” É por isto que acredita que “se não ganhar agora, [Rui Rio] tem sérias hipóteses de ganhar daqui a dois anos.”

“Cabrita saiu sem honra nem dignidade”

Uma das provas do desgaste do Governo, segundo é a saída de Eduardo Cabrita. Marques Mendes afirmou que Cabrita só saiu “porque há eleições à porta” e que “se não houvesse eleições mantinha-se no Governo”. Isto, no entender do comentador político, “prova que o primeiro-ministro dá mais importância às eleições que à autoridade do Estado ou à responsabilidade política.” Para Marques Mendes, Eduardo Cabrita podia ter saído bem, mas “saiu sem honra nem dignidade” e também “arrogante e ressabiado.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR