A série de ficção “Até que a vida nos separe”, realizada por Manuel Pureza, estará disponível a partir do dia 10 na plataforma de ‘streaming’ Netflix, em 198 países, anunciou esta terça-feira a RTP, coprodutora.

De acordo com a estação pública de televisão, é a primeira vez que a plataforma Netflix adquire “um conteúdo português para estreia a nível global”.

“Até que a vida nos separe” é uma série de ficção de oito episódios, da produtora Coiote Vadio, com coprodução da RTP, e realização de Manuel Pureza, tendo estreado em 2021 na estação pública.

O argumento é assinado pelos escritores João Tordo e Hugo Gonçalves e pelo argumentista Tiago R. Santos e desenvolve-se em torno de três gerações da família Paixão e de “três visões diferentes de viver o amor”.

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Nos principais papéis estão Rita Loureiro, Dinarte Branco, Henriqueta Maya, José Peixoto, Madalena Almeida e Diogo Martins.

Com o acordo de licenciamento para distribuição mundial, a série “Até que a vida nos separe” junta-se ao catálogo de ficção da Netflix, onde já está também a série “Glória”, realizada por Tiago Guedes, a primeira produção portuguesa criada para esta plataforma.

[o trailer de “Até que a Vida nos Separe”:]

Neste serviço estão ainda disponíveis alguns filmes portugueses, sobretudo comédias, nomeadamente “A canção de Lisboa”, de Pedro Varela, “O pátio das cantigas”, de Leonel Vieira, e “Virados do avesso”, de Edgar Pêra.

Este ano, também deverão estrear-se na Netflix cinco filmes feito por mulheres portuguesas, escolhidos por esta plataforma em parceria com a Academia Portuguesa de Cinema.

Os filmes escolhidos são “A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, “Soa”, de Raquel Castro, “Mar”, de Margarida Gil, “Simon Chama”, de Marta Sousa Ribeiro, e “Desterro”, da realizadora luso-brasileira Maria Clara Escobar.

Não é só na Netflix que a produção audiovisual portuguesa está atualmente presente.

A HBO Portugal – que em março passará a HBO Max – conta atualmente com cerca de 50 filmes de produção portuguesa, nomeadamente “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, “Mosquito”, de João Nuno Pinto, “Cartas da guerra”, de Ivo Ferreira, “A mãe é que sabe”, de Nuno Rocha, e os três filmes de “As mil e uma noites”, de Miguel Gomes. A estes filmes juntam-se ainda a série luso-espanhola “Auga Seca” e a portuguesa “3 Mulheres”.

Na plataforma Filmin, dedicada sobretudo ao cinema independente, estão algumas dezenas de produções portuguesas – algumas coincidentes com outras plataformas -, de nomes como João Pedro Rodrigues, Pedro Pinho, João Nicolau, Leonor Teles e João Salaviza.

“Até que a Vida nos Separe”. De que é feita a série que quer pôr o amor à frente da pandemia?

Na Amazon Prime Video, no próximo dia 25, estrear-se-á a série luso-espanhola “Operação Maré Negra”.

A 1 de janeiro entrou em vigor uma atualização da lei do cinema e audiovisual, que prevê uma nova taxa e obrigações de investimento em Portugal de operadores como as plataformas de ‘streaming’.

Uma das novidades da legislação é a criação de uma taxa de 1% sobre os proveitos das plataformas de ‘streaming’ a operarem em Portugal, como a HBO, a Netflix, a Disney+ e a Amazon Prime Vídeo, com o produto da cobrança a reverter para o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

Aquelas plataformas terão também obrigações de investimento em produção em cinema e audiovisual em Portugal, nomeadamente séries e filmes, à semelhança do que já acontece com outros operadores.

Se não for possível apurar o valor dos chamados “proveitos relevantes”, estes operadores pagam uma taxa anual de um milhão de euros e a obrigação de investimento é fixada até um máximo de quatro milhões de euros.