A chama olímpica está oficialmente acesa. Arrancaram esta sexta-feira os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, numa cerimónia com danças sincronizadas, fogo de artifício e comitivas olímpicas entusiásticas. As coreografias foram essencialmente sobre temas como proteção ambiental e as baixas emissões de carbono e, segundo a Xinhua, agência de notícias estatal, contaram com cerca de 3.000 artistas, em que 95% eram adolescentes.

Novamente comandadas por Zhang Yimou, repetindo o seu papel na organização dos Jogos de Verão de 2008 em Pequim, as olimpíadas desta vez são numa escala mais reduzida — naquele ano, houve 15.000 participantes. Uma das razões é óbvia: restrições devido à Covid-19 —  nem foram postos à venda bilhetes, e quem ocupará os 50% das bancadas disponíveis são pessoas selecionadas pela organização.

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Ensombrada pelo boicote diplomático devido à proteção dos direitos humanos, a cerimónia contou com poucas figuras políticas, entre elas, Vladimir Putin, que assistiu ao evento sem máscara, relata a Reuters. António Guterres também lá esteve.

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Com os termómetros a rondar os quatro graus negativos dentro do estádio Ninho de Pássaro, viu-se, entre outras coisas, um cubo tridimensional semelhante a um bloco de gelo, com lasers a esculpir figuras de cada um dos 23 jogos anteriores. Depois, foi quebrado por jogadores de hóquei no gelo, permitindo que os anéis olímpicos surgissem, todos em branco, descreve a agência de notícias Xinhua.

Seguiu-se o tradicional desfile das nações, com cada uma das 91 comitivas precedida por uma mulher que erguia bem alto um floco de neve. Portugal já desfilou.

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