O Jaguar I-Pace é um bom veículo eléctrico. Exemplar em estrada e fora dela, este SUV a bateria surpreendeu-nos positivamente quando apresentado à imprensa mundial no Algarve, em 2018. Hoje há modelos mais eficientes e com consumos menores, que lhes permitem maiores autonomias, mas poucos dão mais gozo ao volante. Mas este foi apenas o primeiro modelo a bateria da Jaguar, construtor que se quer tornar exclusivamente eléctrico em 2025, pelo que está a desenvolver uma nova plataforma para garantir maior eficiência.

A nova plataforma foi baptizada Panthera, em honra da preferência da Jaguar por felinos de grandes dimensões e, de acordo com o CFO da marca, Adrain Mardell, vai permitir ao construtor britânico perseguir o seu objectivo para os próximos anos. Aproveitando a transição para os veículos eléctricos, a estratégia do construtor passa por “elevar o estatuto da Jaguar no mercado, de forma a competir com a Bentley e a Aston Martin”, uma tarefa obviamente difícil.

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A Panthera será versátil, permitindo originar vários tipos de veículos, com o CEO, Thierry Bolloré, a assegurar que os novos eléctricos da casa “serão distintos e sem sobreposições, não copiando estilo nem design”. Para tudo isto se tornar realidade, a Jaguar vai investir 2,5 mil milhões de libras, aproximadamente 2,96 mil milhões de euros.

Bolloré, que dirige a Jaguar e a Land Rover, não avançou mais pormenores sobre o potencial da Panthera, não se comprometendo com a possibilidade de também a Land Rover recorrer a esta plataforma. Contudo, é a opção que faz mais sentido, pelo menos tendo em conta as vantagens financeiras desta partilha. De qualquer forma, o facto de terem circulado na imprensa informações não desmentidas de que a Jaguar não pretende apresentar novos modelos até 2025, quando se inicia a produção dos novos eléctricos, revela bem a aposta deste construtor na mobilidade alimentada por bateria.

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