O dia 16 de fevereiro de 2022 estava marcado no calendário dos ucranianos como o dia em que a guerra podia começar — pelo menos de acordo com os alertas dos serviços de informação dos Estados Unidos. Em resposta, o Presidente da Ucrânia pediu que este fosse o “dia de união”, apelando a que os cidadãos pendurem “bandeiras nacionais” e coloquem “fitas azuis e amarelas” em casa para mostrar ao mundo que a Ucrânia está unida.

E assim foi: ainda que não se tenham avistado multidões, algumas pessoas juntaram-se, perto do monumento da Independência, em Kiev, para cantar o hino nacional, com cartazes e bandeiras ucranianas nas mãos. Um pouco por toda a capital foram-se avistando pequenos grupos, incluindo duas correntes humanas junto a um estádio, relata a Associated Press.

O Presidente Zelensky participou numa cerimónia de içar da bandeira, logo pela manhã, em que proclamou a “união do grande povo da grande Ucrânia”, e uma enorme bandeira, com 200 metros, foi exibida no estádio olímpico de Kiev, ao som de música patriótica, descreve o jornal Politico.

Presidente Zelensky diz que Ucrânia “não tem medo” e vai “defender-se” contra a Rússia

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Embaixadores de países ocidentais colocaram flores num muro comemorativo no centro da capital, que homenageia os mortos no conflito armado de 2014, contra separatistas apoiados pela Rússia, no leste da Ucrânia.

E não foi só em Kiev que este “dia de união” foi assinalado. “Ontem à noite, eu e muitas pessoas estávamos à espera da guerra, mas a guerra não começou”, disse à AP Mikhail Risenberg, um estudante que participou nas cerimónias em Kharkiv, no leste ucraniano. Nesta cidade a 40 quilómetros da fronteira russa, as pessoas vestiram roupa tradicional e cantaram o hino durante uma solene cerimónia de içar da bandeira.

Em Sievierodonetsk, que foi tomada pelos separatistas pró-Rússia em 2014 mas recuperada pelo exército ucraniano dois meses depois, centenas de pessoas saíram à rua com fitas azuis e amarelas.