Um estudo realizado nos Estados Unidos que analisou e categorizou mais de 86 mil espécies de plantas — cerca de 25% da totalidade das espécies do mundo — concluiu que a maioria pode ser extinta por não possuir utilidade para os humanos.

Os investigadores que realizaram o estudo “Lords of the biosphere: Plant winners and losers in the Anthropocene” (“Senhores da biosfera: plantas vencedoras e perdedoras no Antropoceno”, em tradução livre) explicam que 20.290 espécies de plantas analisadas não têm qualquer utilidade para os seres humanos.

A magnólia do Haiti, a trepadeira kudzu, cicadáceas, a família dos ciprestes — como sequoias e juniperus — e uma antiga família de coníferas chamada araucária são as espécies que têm as maiores probabilidades de desaparecer completamente.

[A extinção das espécies] não é o futuro, está a acontecer (…) É algo que podemos desacelerar um pouco, mas que está a acontecer”, diz ao The Guardian o investigador John Kress, que “alerta” para a ameaça à biodiversidade.

Apesar de 20.290 espécies terem o seu futuro ameaçado, os investigadores conseguiram identificar 6.749 plantas que são úteis para o homem, tais como o milho, o arroz, o trigo ou árvores como a Ginkgo biloba.

Os cientistas concluíram que as comunidades de plantas dos tempos vindouros serão muito mais homogeneizadas do que as de hoje em dia. No futuro, para os investigadores, também haverá muito menos biodiversidade, o que pode tornar os ecossistemas ainda mais vulneráveis ​​diante de condições climáticas extremas, consequência das alterações climáticas.

Os investigadores da Smithsonian Institution — uma instituição de pesquisa fundada e administrada pelo governo dos EUA — pretendiam com o estudo categorizar as espécies de plantas mais afetadas pelos humanos desde o início do Antropoceno, que é a época geológica marcada pelo profundo impacto humano na Terra. Nela, os humanos são considerados responsáveis ​​​​pelo aquecimento global e por outras consequências da industrialização.

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