O maior fabricante de pneus do mundo, a Bridgestone, acaba de anunciar que suspendeu as exportações para a Rússia e congelou “quaisquer novos investimentos” a realizar aí. A estas medidas segue-se, já a partir da próxima sexta-feira, 18 de Março, a suspensão da produção no país liderado por Vladimir Putin. Trata-se de mais uma reacção de condenação à invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

Durante as últimas semanas, fomos profundamente afectados pela guerra na Ucrânia e pelo seu impacto em muitas pessoas inocentes, incluindo os nossos colaboradores e parceiros. Condenamos qualquer forma de violência e esperamos que a paz possa ser restaurada rapidamente. A nossa principal preocupação nesta crise é a segurança dos nossos profissionais e das suas famílias”, sublinha a companhia nipónica em comunicado.

De acordo com a empresa, cuja história também passa pela guerra (na Segunda Guerra Mundial, praticamente toda a produção da Bridgestone foi alocada às operações militares do Japão, por imposição dos regulamentos de guerra), a produção em Ulyanovsk será interrompida “até nova ordem”, dependendo o retomar das operações na Rússia da monitorização do conflito. “À medida que a situação evolui, a gestão global e regional da Bridgestone continuará a acompanhar de perto a situação e a adaptar os planos de forma flexível sempre que necessário. Esperamos que a produção industrial fora da Rússia permaneça estável nas próximas semanas”, indica a companhia.

A guerra (também) atingiu a indústria automóvel. Perdas e ajudas de milhões

A Bridgestone assegura ainda que vai “apoiar financeiramente” os mais de 1000 trabalhadores que tem em actividade na Federação Russa, distribuídos pela fábrica de pneus para automóveis e os espaços comerciais. Este suporte junta-se a duas doações que perfazem 3,5 milhões de euros, uma por parte da Bridgestone Corporation, que deu 2,5 milhões de euros ao Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, outra que partiu da Bridgestone EMIA. A unidade estratégica de negócio para a Europa, Rússia, Médio Oriente, Índia e África doou 1 milhão de euros à Cruz Vermelha.

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