Do sonho de ser campeão europeu e mundial ao pesadelo de só ter 17 dias de sobrevivência, da tempestade de todas as restrições impostas ao clube na sequência das sanções a Roman Abramovich à bonança de uma possível venda que poderá acontecer no melhor dos cenários em pouco mais de duas semanas. A realidade do Chelsea tem sido marcada de forma decisiva pelas várias condicionantes a que o clube ficou sujeito depois de ver o proprietário entre os sete oligarcas que entraram na mira do governo do Reino Unido, mesmo com a equipa a fugir em termos desportivos a todo o ruído com dois triunfos na Premier League frenta a Norwich e Newcastle, mas parece haver agora uma réstia de esperança numa solução rápida para o problema.

De acordo com a BBC, o banco de investimento norte-americano sediado em Nova Iorque que tem feito toda a intermediação da venda do Chelsea em representação de Roman Abramovich, o grupo Raine, acredita que será possível fechar o processo de alienação dos 100% do russo até ao final do mês de março na sequência das conversações com o governo do Reino Unido. Ainda assim, e logo como ponto chave dessa alienação, terá de haver a emissão de uma nova licença especial para o Chelsea onde as autoridades britânicas permitam, em determinadas condições controladas pelas próprias, que o clube possa ter um novo proprietário – a atual licença permite jogar, pagar a funcionários, ter algum dinheiro (controlado) para deslocações e pouco mais.

As duas condições mais relevantes para a aprovação do governo britânico estão à partida garantidas: 1) que o dinheiro que Abramovich tenha a receber fique congelado; 2) que as verbas provenientes dos lucros da venda possam ser reencaminhados para organizações de cariz social de apoio às vítimas na Ucrânia.

O prazo para entrega de candidaturas à compra do Chelsea termina esta sexta-feira e, segundo a BBC, já existem mais de 20 partes credíveis interessadas em ficar com o clube, sendo que essa alienação terá ainda de passar também pelos proprietários e diretores das restantes formações da Premier League. “A venda mais rápida que já vi acontecer demorou dez dias mas não posso dizer que esse registo não consiga ser superado. Normalmente é uma questão de semanas mas depende também da complexidade da operação e do número de potenciais proprietários”, comentou no início do mês Richard Masters, CEO da Premier League.

“Sabemos que o fecho com sucesso de uma possível venda do Chelsea irá necessitar de uma licença especial por parte do governo do Reino Unido, aprovando a origem do dinheiro mas também do uso desses fundos. Vamos trabalhar com as autoridades para conseguir essa licença ligada a qualquer transação”, destacou o grupo Raine na última carta enviada a todos os possíveis interessados em comprar os blues.

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