O Governo de Macau anunciou esta terça-feira que a isenção do pagamento das tarifas de água e eletricidade é uma medida que deve integrar a nova ronda de apoios económicos devido ao impacto da pandemia de Covid-19.

“Desta vez estamos a pensar incluir [nos apoios] o pagamento da água e luz”, disse o chefe do Governo no parlamento local, em resposta aos deputados.

A 1 de abril, o Governo anunciou que, à semelhança do que aconteceu nos dois últimos anos, vai voltar a lançar a partir de maio cartões eletrónicos de consumo, o que obriga a uma alteração do orçamento deste ano, que não contemplava estas despesas

Em 2020 e 2021, os residentes beneficiaram de um montante de oito mil patacas (910 euros) para gastar no comércio local, uma forma das autoridades incentivarem também o consumo interno numa economia que perdeu milhões de turistas e muito dependente da indústria do jogo, que tem sofrido perdas sem precedentes.

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Esta terça-feira, na Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng lembrou que a ajuda à população já começou este mês com o habitual pagamento de um subsídio direto (num máximo de dez mil patacas, ou 1.137 euros) e vai prosseguir a partir do final de maio com a devolução do imposto profissional.

Macau, que apenas registou 82 casos de Covid-19 desde o início da pandemia, sem contabilizar qualquer morte, tem procurado projetar a imagem turística de um território seguro em relação à Covid-19.

Contudo, as restrições fronteiriças resultaram na perda de turistas num território que em 2019 chegou a receber quase 40 milhões de visitantes, mas que no ano passado não chegou aos oito milhões.

Em 2020 e em 2021, o Governo de Macau injetou mais de 90 mil milhões de patacas (mais de dez mil milhões de euros) da Reserva Financeira no orçamento para suportar despesas extraordinárias que resultaram de um plano de ajuda e benefícios fiscais que beneficiaram a população e pequenas e médias empresas.