O oligarca russo Oleg Tinkov denunciou na terça-feira o “massacre” da Rússia na Ucrânia e pediu o fim da “guerra louca” no país. O empresário, um dos mais conhecidos da Rússia depois de ter fundado o em 2006, tornou-se num dos russos mais críticos da invasão militar da Ucrânia decretada pelo Presidente da Rússia.

Oleg Tinkov, que vive há alguns anos fora da Rússia, escreveu numa publicação no Instagram que “qualquer pessoa com o pensamento correto tem o dever de se manifestar contra esta guerra terrível e o crescente autoritarismo de Vladimir Putin”.

Todos nós devemos fazer o que pudermos para apoiar os ucranianos que sofrem com este ataque cruel”, acrescentou.

O oligarca russo afirmou também que “90% dos russos são contra a guerra”, porém salientou que existem “10% de idiotas que escrevem Z [símbolo de apoio aos russos na guerra], mas 10% de qualquer país são idiotas”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Z” de vitória. A origem do maior símbolo de apoio à guerra na Ucrânia

“Ao acordarem depois de uma ressaca, os generais perceberam que tinham um exército de m****. Como é que o exército podia ser bom se tudo o resto no país é m**** e atolado em nepotismo, sicofantismo e subserviência?”, questionou, ridicularizando as forças russas.

Oleg Tinkov referiu ainda não ver “um único beneficiário” da guerra que mata “pessoas e soldados inocentes”. “Os funcionários do Kremlin estão em choque, porque não serão os únicos, mas também os seus filhos, a não poder ir ao Mediterrâneo este verão”.

Assim, o magnata deixa um apelo ao Ocidente: “Por favor, deem a Putin uma saída clara para não se envergonhar e acabar com este massacre. Sejam racionais e humanitários”.

O oligarca fez fortuna ao fundar o Tinkoff, tendo saído da presidência do banco em 2020. O banco digital independente reagiu às declarações de Oleg Tinkov dizendo não comentar “a opinião privada” do magnata, avança a BBC.

Outros oligarcas russos criticaram a intervenção da Rússia na Ucrânia, mas poucos foram tão duros quanto Oleg Tinkov. O magnata foi um dos alvos das sanções do Reino Unido devido à guerra que começou a 24 de fevereiro.