O Museu da Mente, nos Países Baixos, foi distinguido este sábado com o Prémio Museu Europeu do Ano 2022, numa cerimónia que decorreu em Tartu, na Estónia, por iniciativa do Fórum Europeu dos Museus, anunciou a organização.

O anúncio decorreu numa cerimónia realizada no Museu Nacional da Estónia, onde se encontravam representantes de 60 museus finalistas, provenientes de 27 países, entre eles o Museu do Coa, o único representante de Portugal.

Tutelado pela Fundação Dolhuys, o museu holandês está dividido em duas cidades — em Haarlem e Amesterdão —, desenvolve atividades pedagógicas ligadas à descoberta da mente e do seu conhecimento e promove exposições com obras de artistas que não receberam uma formação formal.

Na justificação, o júri destacou a inovação e excelência do trabalho do museu, cujos representantes subiram ao palco da cerimónia para agradecer a distinção e dizer: “Acreditamos que uma mente aberta é uma mente saudável”.

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O Prémio Museu Europeu do Ano (‘European Museum of the Year Award’ ou EMYA, na sigla original) é o principal galardão de um palmarés que distingue anualmente várias áreas do trabalho do setor, desde a inclusão, relação com a comunidade e ambiente.

Realizada no final de uma conferência que começou na quarta-feira, a cerimónia anunciou o palmarés, revelando ainda que o próximo encontro, em 2023, decorrerá em Barcelona, Espanha, e a seguinte, de 2024, terá lugar em Portimão, Portugal, que patrocina um dos prémios.

Trata-se do Prémio Museu de Portimão de Acolhimento, Inclusão e Pertença, entregue este ano ao Museu Universitário de Bergen — História Natural, na Noruega, enquanto o Prémio Museu Meyvaert de Sustentabilidade Ambiental distinguiu este ano o Museu Holmegaard Værk, na Dinamarca.

Quanto ao Prémio Silletto de Participação e Empenhamento Comunitário, foi entregue ao Museu do Calçado e Indústria, em Inca, Espanha.

O Prémio Kenneth Hudson, o fundador dos EMYA, criado para distinguir a coragem institucional e a integridade profissional, foi este ano entregue a personalidades do setor e não a instituições, como acontecia até agora: Wayne Modest, Nanette Snoep, Léontine Meijer-van Mensch e Laura van Broekhoven foram os vencedores.

Criado pelo Conselho da Europa, o Fórum Europeu dos Museus atribui o Prémio Museu Europeu do Ano desde 1977, data da sua fundação.

Em 2017, quando o prémio do Museu Europeu do Ano foi para o Museu de Etnografia de Genebra, na Suíça, o Museu de Leiria, em Portugal, venceu o Prémio Silletto.

Na área da museologia, o Prémio Museu Europeu do Ano é o principal e o mais antigo dos galardões atribuídos pelo Fórum Europeu de Museus e também o mais prestigiado na Europa, criado para reconhecer a excelência no setor museológico europeu e promover processos inovadores e de excelência.