O Tribunal de Contas chumbou o contrato que tinha sido aprovado em junho de 2021, pela mão do anterior ministro da Defesa João Gomes Cravinho, e que entregava à empresa pública idD – Portugal Defense a gestão do processo de compra de seis navios de patrulha oceânica (“patrulhões”). Essa empresa era, até à formação do novo Governo, liderada por Marco Capitão Ferreira, que entretanto se tornou Secretário de Estado da Defesa.

Segundo o Expresso, para o Tribunal de Contas não se justifica o pagamento de 4,2 milhões de euros (para um valor total de aquisição de 352 milhões) já que a Marinha tem know-how suficiente para gerir este processo, em contraste com a idD, uma entidade que o organismo fiscalizador considera não ter qualquer experiência para “edificar” o processo do concurso internacional público para a construção dos navios.

A decisão ainda é passível de recurso mas vem comprometer ainda mais os prazos de um programa já muito atrasado: na primeira apresentação que o então ministro João Gomes Cravinho (agora ministro dos Negócios Estrangeiros) fez há um ano, foi anunciada a entrega do primeiro navio “para o final de 2023”, o que se tornou agora impossível de cumprir. Segundo o Expresso, este foi um processo que causou muito mal-estar na Marinha, mas também na Defesa.

(notícia corrigida com o valor do pagamento à idD chumbado pelo Tribunal de Contas)

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