Um tribunal de Moscovo iniciou, esta segunda-feira, o julgamento de um deputado municipal da capital russa por este se opor à invasão da Ucrânia.

Alexei Gorinov enfrenta até 10 anos de prisão por ter dito, em março, que a Rússia é um “estado fascista” que quer conquistar a Ucrânia, declaração considerada como “movida por ódio político”. Uma nova lei aprovada após 24 de fevereiro estipula que qualquer declaração contra a “operação especial militar” é proibida no país.

De acordo com o The Telegraph, Alexei Gorinov permaneceu, durante o julgamento, dentro de um compartimento de vidro enquanto segurava um cartaz com a frase “Sou contra a guerra“. O deputado municipal apelou ao tribunal para que o libertasse enquanto decorre o julgamento, garantindo que não representa risco de fuga.

Não tenho nenhum sítio para fugir, esta é a minha terra natal, este é o meu país”, afirmou.

Na segunda semana após a invasão da Ucrânia, Moscovo baniu o uso dos termos “guerra” e “invasão“. Quem citar uma fonte em relação à guerra que não seja uma fonte oficial russa está igualmente em violação da lei.

A próxima sessão do julgamento ficou agendada para o próximo mês.

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