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Os três detidos suspeitos pela morte de Jéssica vão conhecer as medidas de coação este sábado, depois de já terem sido ouvidos em primeiro interrogatório judicial. Segundo a secretária do Tribunal, Carla Gaio, declarou aos jornalistas, já depois dos arguidos terem abandonado o tribunal de Setúbal, os três regressam ao edifício pelas 10h00. À Lusa, fonte do Conselho Superior de Magistratura revelou que as medidas de coação devem ser conhecidas pelas 15hoo. Os três arguidos foram detidos pela Polícia Judiciária por suspeita de homicídio qualificado, rapto, extorsão e ofensas à integridade física.

Uma relação em perigo, a encomenda do bruxedo, ameaças e violência. Os 15 dias que levaram à morte de Jéssica

Segundo o CNN Portugal, dois dos detidos – a mulher e o seu marido – manifestaram desejo de falar em tribunal e não confessaram os crimes de que são acusados. A mulher inicialmente identificada como ama da criança negou todas as imputações. A filha do casal recusouprestar quaisquer declarações ao juiz.

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A morte da criança de três anos ocorreu na segunda-feira, depois de a mãe ter ido buscá-la a casa de uma mulher que identificou às autoridades como ama da criança.

De acordo com a mãe, a menina esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica.

A criança foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos.

Na quinta-feira, a Polícia Judiciária revelou que deteve três pessoas por suspeita do homicídio: uma mulher de 52 anos a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, o seu marido, com 58 anos, e a filha, de 27 anos.

À Lusa, o coordenador da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, João Bugia, adiantou que a mãe da menina e o padrasto foram também ouvidos durante a noite de quarta-feira na PJ, mas não foram constituídos arguidos.

Segundo João Bugia, a mãe da menina foi “ardilosamente enganada” e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.

Setúbal. Mãe da criança que morreu foi “ardilosamente” enganada por causa de dívida de 400 euros

Nos cinco dias em que permaneceu na casa dos detidos, a criança terá sofrido maus-tratos severos.

João Bugia revelou ainda que, apesar de haver algumas suspeitas iniciais de eventuais agressões sexuais contra a criança, esses indícios não foram confirmados na autópsia realizada na quarta-feira.

*Notícia atualizada às 22h0o com informações sobre o fim do primeiro interrogatório judicial do caso Jéssica