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Como funciona o "brilhante e darwiniano" sistema que vai eleger o sucessor de Boris Johnson — e quem pode vir a liderar os conservadores

Este artigo tem mais de 1 ano

Eleições do Partido Conservador para escolher sucessor de Boris vão eliminando candidatos numa lógica que recorda a seleção natural de Darwin. Cinco conservadores reúnem agora as preferências.

A demissão de Boris Johnson vai desencadear eleições pela liderança do Partido Conservador, cujo vencedor poderá ser o próximo primeiro-ministro do Reino Unido
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A demissão de Boris Johnson vai desencadear eleições pela liderança do Partido Conservador, cujo vencedor poderá ser o próximo primeiro-ministro do Reino Unido

PA Images via Getty Images

A demissão de Boris Johnson vai desencadear eleições pela liderança do Partido Conservador, cujo vencedor poderá ser o próximo primeiro-ministro do Reino Unido

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A teoria de Darwin e o sistema eleitoral do Partido Conservador têm algo em comum: a sobrevivência do mais apto. Na cúpula política britânica, Boris Johnson já não passa na malha da seleção natural — e foi o próprio que o admitiu no discurso em que apresentou a demissão da liderança do partido e do cargo de primeiro-ministro. Mas  confia no “brilhante e darwiniano sistema eleitoral” dos conservadores para revelar para onde evolui o partido — e todo o Reino Unido.

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A eleição de um sucessor para Boris é um processo de filtragem: só pode concorrer à liderança do partido quem reunir o apoio direto de pelo menos oito deputados — e os deputados são os únicos a votar nesta fase. Na primeira ronda da eleição, quem receber menos de 18 votos (5% dos deputados) é automaticamente eliminado. Na segunda ronda, é retirado quem tiver menos de 36 votos (10% dos deputados). Se toda a gente conquistar o voto de mais de 36 deputados, elimina-se quem teve menos votos.

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O processo da segunda ronda repete-se até que sobrem apenas dois candidatos. Só nesse momento a eleição é aberta a quem é membro do Partido Conservador há pelo menos três meses. Os conservadores preenchem um boletim de voto de forma anónima e depositam-no numa urna, para que depois os votos sejam contados. Sobrevive à eleição a pessoa mais votada das duas — a mais apta a herdar a liderança do partido e o cargo de primeiro-ministro. E vários nomes já têm sido apontados como possíveis sucessores.

Quando apresentou a demissão da liderança do partido, esta terça-feira, num discurso de seis minutos frente ao nº 10 de Downing Street, Boris Johnson deu o tiro de partida para a corrida à sua sucessão. Mas não apresentou o calendário para as etapas que se seguem, limitando-se a garantir que se mantém na liderança do Governo até que os conservadores tenham escolhido a pessoa que se segue. A imprensa britânica avança com um horizonte de curto prazo: o outono. Não há datas concretas para a eleição, mas há nomes discutidos como tendo mais hipóteses de herdar o Partido Conservador — e a formar o próximo executivo britânico.

Ben Wallace é o ministro da Defesa e, de acordo com as sondagens realizadas junto de membros do Partido Conservador, é o favorito na corrida à liderança. A gestão que assumiu do conflito na Ucrânia e a organização que implementou para a retirada do Afeganistão têm-no tornado mais popular. O facto de ser discreto parece ser um ponto a seu favor: dizem os conservadores que um primeiro-ministro mais reservado pode simbolizar precisamente o início de uma nova era, oposta ao reconhecido perfil mais extrovertido de Boris Johnson.

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Ben Wallace

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Rishi Sunak demitiu-se na terça-feira do cargo de ministro das Finanças. Já foi considerado o favorito a substituir Boris na presidência do Partido Conservador, mas a reputação tem sofrido com duas polémicas: a mulher, a designer milionária Akshata Murthy, fugiu aos impostos; e Rishi participou nas festas ilegais em Downing Street, violando as regras de contenção da Covid-19 impostas à época. A popularidade do ex-ministro também foi afetada pelo aumento do custo de vida, consequência dos gastos que Rishi Sunak assumiu para manter a economia britânica à tona desde o início da pandemia.

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Rishi Sunak

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Penny Mordaunt é ministra do Comércio Internacional, mas sempre foi percecionada como uma possível opositora de Boris Johnson por ter apoiado Jeremy Hunt na busca por um sucessor de Theresa May. Embora não se tenha demitido, comentou nas redes sociais que os cidadãos queriam o governo fora de Downing Street. Nos bastidores, Penny Mordaunt foi das maiores críticas de Boris Johnson quando eclodiu a polémica sobre a celebração de festas na residência oficial do primeiro-ministro quando elas eram proibidas por causa da Covid-19.

Penny Mordaunt

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Sajid Javid foi o primeiro dos ministros de Boris Johnson a apresentar a demissão, abrindo portas à crise política que culminou esta quinta-feira na queda do governo. O ex-ministro da Saúde tem sido amplamente elogiado pelas medidas que implementou para controlar a pandemia de Covid-19 e por ter instalado no Reino Unido um plano de vacinação que se revelou bem sucedido. Mas o percurso de Sajid Javid tem sido atribulado: já se candidatou à liderança do Partido Conservador em 2019, mas não conseguiu convencer os deputados a chegar sequer à última ronda.

Sajid Javid

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Liz Truss era ministra do Comércio Internacional quando negociou os acordos comerciais após a saída do Reino Unido da União Europeia. E ganhou popularidade por, já no cargo de ministra dos Negócios Estrangeiros, ter assegurado a libertação de Nazanin Zaghari-Ratcliffe — uma cidadã com dupla nacionalidade britânica e iraniana que foi detida no Irão acusada de conspirar contra o governo do país. Numa fase inicial, aquando das demissões dos ministros das Finanças e da Saúde, declarou que continuava a apoiar Boris Johnson.

Liz Truss

Getty Images

 
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