O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, defendeu esta terça-feira que estão reunidas as condições de segurança para a realização da concentração internacional de motos que se inicia quinta-feira.

Esperamos que esta manhã o Governo possa tomar a decisão e delegue nos órgãos regionais a análise sobre a perigosidade e a decisão sobre a realização do evento”, disse Rogério Bacalhau à agência Lusa, acrescentando que foi enviado um ofício ao executivo nesse sentido.

O autarca afirma que se a concentração for proibida “será muito difícil realocar essas pessoas noutro local, que não há”.

Segundo Rogério Bacalhau, “já há mais de 2.000 pessoas acampadas” nos locais previstos e irão chegar mais pessoas de avião e muitas outras já estão no Algarve e a chegar durante o dia.

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“É muito difícil e complicado pararmos esta onda de pessoas”, sublinha o presidente da autarquia, acrescentando que são esperadas cerca de 25.000 pessoas.

A 40.ª Concentração Internacional de Motos de Faro está prevista realizar-se de quinta-feira até domingo em 34 hectares no Vale das Almas, a 500 metros do Aeroporto Internacional da cidade algarvia e na estrada que leva à Praia de Faro.

O presidente da autarquia afirmou que apenas 14 hectares estão em área considerada florestal, apesar de estar junto a uma área urbana: “Porque do outro lado da estrada já é área urbana”, disse.

Rogério Bacalhau assegura que há um sistema de segurança implementado há já vários anos e que tem funcionado, estando previstos para a edição deste ano a utilização permanente de pelo menos quatro autotanques e tratores de rega que regam o recinto ao longo do dia, assim como outros sistemas para minimizar os riscos de incêndio.

A concentração de motos realiza-se desde 1982, tendo em 2022 a sua 40.ª edição, depois de dois anos em que não houve devido à pandemia de covid-19.

“Estamos muito preocupados”, insiste Rogério Bacalhau, que recorda que um despacho publicado na segunda-feira pelo Governo “pode inviabilizar” a concentração das motas, insistindo que uma decisão deve ser tomada “rapidamente”.

O Governo está a dialogar com organizadores de grandes eventos para que possa haver uma “relocalização ou uma reformatação” de modo a que não se desenvolvam em áreas florestais e que cumpram a lei, disse segunda-feira o primeiro-ministro.