O vice-ministro do Interior ucraniano, Yevhen Yenin, acusou esta sexta-feira Moscovo de atacar mais de 17.300 alvos civis contra apenas 300 alvos militares em quase cinco meses de invasão russa da Ucrânia.

Recentemente, temos assistido a ataques precisamente direcionados a alvos civis. Pedi especificamente um relatório sumário sobre quantos mísseis russos atingiram alvos militares e quantos civis. A título de comparação, desde o início da guerra em grande escala, houve 17.314 ataques a alvos civis e 300 a alvos militares”, avançou ele.

Em declarações às estações televisivas ucranianas, Yenin defendeu que esta estratégia de guerra é própria de quem quer “aniquilar os ucranianos” e que os soldados russos têm nas mãos o sangue de civis.

O ministro mencionou ainda o ataque à cidade de Vinnytsia, no qual foram mortas pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças com menos de dez anos de idade, e acrescentou que grupos operacionais de investigação da Polícia Nacional e dos serviços secretos do Interior já começaram a estudar o local do incidente.

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Moscovo alega ter visado em Vinnytsia uma “messe de oficiais” onde decorria uma reunião entre Força Aérea da Ucrânia e fornecedores de armas naquela cidade no centro do país e longe da linha da frente, cujo bombardeamento foi muito criticado pelos países que apoiam Kiev.

O chefe da administração militar regional de Mykolaiv, Vitaliy Kim, relatou que as tropas russas atacaram as duas maiores universidades da região com mísseis.

A Rússia terrorista atacou hoje as duas maiores universidades de Mykolaiv. Pelo menos dez mísseis. Agora estão a atacar a nossa educação. Apelo às universidades de todos os países democráticos para que mostrem o que a Rússia realmente é: terrorista”, escreveu Kim numa publicação na rede social Twitter.