A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, apontou esta sexta-feira o “papel” que Portugal pode desempenhar na nova “agenda energética” europeia, “desbloqueando alguns acessos” a energias renováveis, mais limpas ou, até, a fontes alternativas de gás.

Há aqui uma agenda energética que pode levar a que, durante dois anos, um ano e meio, enquanto se fazem as agendas alternativas — e Portugal tem também uma agenda própria importante — se pense que, se a dependência geoestratégica está no leste e no norte da Europa, então viremo-nos para o sul e para o oeste”, afirmou a comissária europeia durante a CNN Portugal Summit, promovida esta sexta-feira no Porto pela CNN Portugal para debater os fundos europeus e as oportunidades e desafios que decorrem da aplicação do Plano de Resolução e Resiliência

Para Elisa Ferreira, Portugal pode e deve aproveitar as oportunidades geradas por esta nova agenda energética que está a ser debatida na União Europeia e que foi precipitada pela invasão russa da Ucrânia e pelas ameaças de corte no abastecimento de gás proveniente da Rússia.

Vejamos em que medida é que podemos, neste momento, desbloquear alguns acessos — quer de energias renováveis, quer de energias mais limpas e, até, de fontes alternativas de gás, através de gasodutos, de LNG [gás natural liquefeito, do inglês liquefied natural gas] e de outras tecnologias – mas a partir do oeste”, sustentou.

“Daí que haja aqui uma agenda que Portugal, Espanha e a Itália estão a desenvolver, também com as ligações, por exemplo, à Argélia e ao Norte de África. Portanto, há aqui um papel que talvez seja possível nós fazermos“, acrescentou a comissária.

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