O Presidente da Ucrânia saudou esta segunda-feira o início da retoma das exportações de cereais ucranianos, após a saída do primeiro navio do porto de Odessa, carregado com 26 mil toneladas de milho. No entanto, deixou o aviso: não se pode confiar que a Rússia não vá perturbar as exportações.

Não podemos ter ilusões de que a Rússia vai simplesmente abster-se de tentar perturbar as exportações ucranianas. A Rússia provocou fome nos países da África e Ásia”, acusou.

Na mensagem habitual, Zelensky refere que é demasiado cedo para retirar conclusões e prever o que aí vem, mas lembra que é da responsabilidade das Nações Unidas e da Turquia garantir o cumprimento dos parâmetros da iniciativa. “Veremos como o acordo vai funcionar e se haverá realmente segurança”, afirmou, lembrando que há 16 navios nos portos ucranianos à espera de partir.

Apesar da desconfiança quanto à Rússia, o líder ucraniano considera que o começo do trabalho no porto é um primeiro sinal “positivo” de que há uma hipótese para impedir a crise alimentar global.

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O “Razoni” foi a primeira embarcação a deixar o porto de Odessa após o acordo assinado pela Ucrânia e Rússia com a Turquia e ONU para garantir o desbloqueio das exportações. A bordo carrega 26 mil toneladas de milho, que deverão chegar ainda esta semana a Tripoli, no Líbano.

Razoni é o primeiro navio a partir de um porto ucraniano desde o início da invasão. Kiev e Moscovo destacam passo positivo

O momento foi destacado por várias entidades como um passo positivo. A ONU deixou uma saudação “calorosa” e o desejo de que o Razoni seja o primeiro de muitos navios a deixar os portos da Ucrânia. Também o Kremlin se manifestou, com a expectativa de que todas as partes envolvidas no acordo cumpram o combinado e que o mecanismo funcione de forma eficaz.