Foram 96 anos de vida e 70 de reinado — o mais longo do Reino Unido. Foi uma vida que atravessou os acontecimentos mais marcantes do século XX e que se construiu em torno de regras e de protocolos próprios de uma família real, estranhos aos olhos do cidadão comum — a rainha não precisava de passaporte, porque era a própria que os emitia, por exemplo. Mas há mais curiosidades que vale a pena relembrar. Conheça 15 funny facts sobre Isabel II.

Fez parte das Guias

Isabel II gostava de passar tempo ao ar livre. Juntou-se às Guias quando tinha 11 anos, juntamente com a irmã Margarida. Também fez parte dos Sea Rangers, grupo feminino de vela e de outras atividades aquáticas. “Isabel juntou-se às Guias para conhecer outras meninas da sua idade através de uma divisão especial que foi criada chamada 1st Buckingham Palace Company”, explicou à Reader’s Digest o historiador e autor Tony McMahon.

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Nunca foi à escola — mas estudou história constitucional e Direito

Não frequentou a escola ou a faculdade, mas recebeu educação a partir de casa, acompanhada pelos melhores tutores do Reino Unido. Estudou história constitucional e Direito, matérias fundamentais para aquele que viria a ser o seu futuro papel de rainha. Teve lições de religião com o Arcebispo de Canterbury e aulas com o vice-reitor de Eton College, instituição que recebeu vários membros da realeza, desde Harry e William, assim como primeiros-ministros.

Queen Elizabeth II - Princess Elizabeth seen in the Royal Box at the Aldershot Tattoo in 1938 01/06/38circa *** Local Ca

Não teve frequentou nenhuma escola, mas teve aulas com os melhores tutores do Reino Unido.

Conheceu o duque de Edimburgo (primo afastado e futuro marido) quando tinha 8 anos

Foi em 1934 que a rainha Isabel II conheceu aquele que viria a ser o seu futuro marido — e primo em terceiro grau. O primeiro contacto com Filipe, duque de Edimburgo, aconteceu quando ela tinha 8 anos, no casamento da Princesa Mariana da Grécia e do Príncipe George, duque de Kent.

Foi a única mulher na família real a servir nas forças armadas

São várias curiosidades numa: com 18 anos, em 1944, a futura rainha fez serviço militar, tornando-se na única mulher da família real a entrar nas forças armadas, ingressando o Serviço Territorial Auxiliar. Foi, até à data da sua morte, a única chefe de estado viva a servir durante Segunda Guerra Mundial, diz a Reader’s Digest. Foi aqui que se formou como mecânica e que foi motorista de camiões. Foi nesta fase que aprendeu a conduzir — e gostou tanto que, até muito tarde, era comum vê-la passear de carro, a guiar o seu Range Rover ou Jaguar.

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Participou nos festejos do fim da guerra nas ruas de Londres

A 8 de maio de 1945, a futura rainha Isabel II e a sua irmã Margarida foram autorizadas a passear por entre as multidões que festejavam o final da Segunda Guerra Mundial nas ruas de Londres. Não queriam ser reconhecidas: “Lembro-me de estar com medo de ser reconhecida, por isso, puxei o meu chapéu do uniforme bem para baixo, para cobrir os olhos.” Mas também foi um dia de grande alegria: “Lembro-me de filas de pessoas desconhecidas a dar os braços e a andar por Whitehall, todos nós simplesmente arrastados por uma onda de felicidade e de alívio”, lembrou em 1985. Estas frases foram partilhadas depois na conta oficial da Família Real no Instagram.

Princess Elizabeth At Windsor

A rainha foi a única mulher da realeza a cumprir serviço militar.

Não tinha passaporte, matrícula — e era a única mulher do Reino Unido que podia conduzir sem carta de condução

Apesar de adorar estar ao volante, Isabel II não tinha carta de condução. Era a única pessoa do país que podia conduzir sem este documento. Não precisava. O mesmo de passava com a matrícula do carro ou com passaporte. Porquê? Como os documentos eram emitidos em nome da rainha, não havia necessidade de a própria os ter.

Pagou o vestido de noiva com cupões de racionamento da guerra

O pós-guerra foi tempo de grandes sacrifícios no Reino Unido — e a rainha quis ser exemplo. “Isabel usou um vestido que tinha sido comprado com cupões de racionamento dos tempos de guerra”, contou Nicoletta Gullace, professora de história na Universidade de New Hampshire, especializada em história contemporânea britânica, à Rider’s Diggest. “Um reflexo da sua popularidade foi que mulheres jovens de toda a Grã-Bretanha lhe enviaram os seus próprios cupões para garantir que ela tinha o suficiente para um vestido muito bonito. A troca de cupões de racionamento não era permitida, mas o gesto num momento de escassez e poucos luxos mostrou que, mesmo quando era jovem princesa, Elizabeth era muito amada pelo seu povo.”

Future Queen Marries

O Duque de Edimburgo era primo em terceiro grau de Isabel II.

Era proprietária de um apartamento em Nova Iorque

Segundo a revista americana Harper’s Bazar, em 2015, Isabel II comprou um apartamento num edifício desenhado pelo arquiteto Norman Goster, que tinha sido condecorado pela própria, em 1990. A penthosue tinha o valor de 8 milhões de dólares e ficava na United Nations Plaza, em Nova Iorque.

A sua famosa carteira era usada para fazer sinais ao staff

De acordo com o jornal inglês Telegraph, a característica carteira da rainha não servia apenas para guardar os seus objetos pessoais — servia também para fazer sinais à sua equipa de staff. O mesmo jornal explica que, colocar a mala em cima da mesa significava que a rainha queria abandonar o sítio onde estava no espaço de cinco minutos. Se a colocasse no chão, significava que não estava a gostar da conversa e que queria ser “salva”.

Participou num vídeo com James Bond (ou Daniel Craig)

Para os jogos Olímpicos de 2012, que decorreram em Londres, a rainha foi protagonista do vídeo de seis minutos de abertura do evento, surgindo com o ator Daniel Craig na pele do agente 007. De acordo com Angela Kelly, autora do livre “The Other Side of the Colin: The Queen, The Dresser and the Wardrobe“, o realizador pediu à rainha se podia usar uma atriz para fazer de duplo, mas a monarca disse que queria participar. “Boa noite, Senhor Bond”, foi a famosa frase que proferiu. Os dois partem depois do palácio de Buckingham de helicóptero — e, no momento seguinte, um verdadeiro helicóptero surge nos céus do estádio olímpico, onde o vídeo está a ser exibido.

Só usava um tom de verniz

A partir de 1989, sempre a mesma marca, sempre o mesmo tom: desde que o usou pela primeira vez, Isabel II passou a optar sempre por ter nas unhas o verniz Ballet Slippers, um rosa pálido, da marca Essie.

Não conseguia ficar quieta quando um artista pintava o seu retrato

De acordo com John Wannacott, que pintou a família real em 2000, a monarca não conseguia ficar muito tempo parada. “Uma coisa que todos os artistas vão dizer é que a rainha não se senta quieta. E não podem realmente dizer-lhe: “Pode por favor sentar-se quieta se faz favor?”.

A rainha teve mais de 30 cães de raça corgi.

Foi dona de mais de 30 corgis

De acordo com o Metro.co, foi no seu 18.º aniversário que Isabel II recebeu o seu primeiro cão Corgi, a que deu o nome Susan. A partir daí, teve mais de 30 animais desta raça — que, acredita-se, descendem todos do pioneiro. Era a própria rainha que os penteava, diz a Harper’s Bazar.

Também era proprietária de todos os cisnes e golfinhos das águas do Reino Unido

É regra, desde o reinado de Henrique VII, no século XII: segundo a lei britânica, reis e rainhas do Reino Unido são donos de todos os cisnes-mudos, espécie com bico laranja, que habitam em mar aberto nas ilhas britânicas e na Commonwealth. Inicialmente esta tradição servia para marcar a propriedade dos monarcas e garantir que havia cisnes suficientes para os banquetes da realeza — era ate crime roubar ovos de cisne —, mas passou a servir para garantir a preservação da espécie. Assim, todos os anos, uma equipa ruma ao rio Tamisa (a única zona onde a rainha reivindicava esta propriedade) para realizar os censos destes animais, fazendo um levantamento e analisando a sua saúde. Mas estas não são as únicas espécies que pertencem aos monarcas: os golfinhos e baleias também são dos reis e rainhas do Reino Unido.

O príncipe George trava-a por “Gan-Gan”

De acordo com a PopSugar, George, filho mais velho de Kate e William, Duques de Cambridge, tratava a rainha por “Gan-Gan”. O termo é utilizado por várias gerações de membros da família real para se referirem às bisavós.

Recebia entre 200 a 300 cartas por dia

Por ano, recebia cerca de 70 mil cartas — ao dia, eram entre 200 a 300. De acordo com o site oficial da realeza, os seus secretários pessoais faziam-lhe chegar, diariamente, chegar a correspondência e “ela tinha grande interesse nas cartas que recebia.” De acordo com o seu staff, Isabel II escolhia algumas destas cartas para ler — e pedia a alguém da sua equipa para responder.