Uma delegação do governo chinês foi proibida de entrar no local onde o corpo de Isabel II está em câmara ardente, no Palácio de Westminster, edifício do parlamento, em Londres, noticiou esta sexta-feira a BBC.

O presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, rejeitou o pedido da delegação chinesa para prestar a homenagem à monarca devido às sanções do país asiático contra cinco deputados britânicos e dois lordes, de acordo com a estação pública britânica, que não foi confirmada oficialmente. A notícia já tinha sido avançada na quinta-feira à noite pelo site Politico.

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No ano passado, a China impôs sanções de viagem e congelamento de bens a nove britânicos — incluindo sete deputados — por acusarem Pequim de maltratar a minoria étnica uigur na região chinesa de Xinjiang.

Em retaliação, Hoyle proibiu o embaixador chinês no Reino Unido de entrar no Parlamento, medida agora agora alargada à delegação chinesa que queria prestar os seus respeitos à Rainha na capela funerária.

Segundo a imprensa chinesa, o vice-presidente chinês, Wang Qishan, deverá representar o país no funeral de Estado de segunda-feira, que terá lugar na Abadia de Westminster, perto do parlamento.

Em setembro passado, os Presidentes da Câmara dos Lordes, John McFall, e da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, informaram o embaixador chinês na China que ele não poderia comparecer no parlamento devido às sanções, medidas que Pequim qualificou como “desprezíveis e cobardes”.

Um grupo de sete deputados de Lordes, incluindo antigos ministros conservadores como Iain Duncan Smith e Tim Loughton, exortou na quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros a retirar o convite ao Presidente chinês Xi Jinping para o funeral, embora seja pouco provável que ele compareça.

O grupo considera que seria “totalmente inapropriado” que o governo chinês estivesse representado devido ao seu registo em matéria de direitos humanos.