No próximo mês já vai ser possível encomendar nas quatro DS Stores existentes em Portugal o renovado DS 3. O SUV mais pequeno da marca premium francesa segue as pisadas do DS 7 e, também ele, opta pela simplificação. À semelhança do “irmão” maior, perde o Crossback na denominação e passa a chamar-se simplesmente DS 3. Depois, simplifica também a estrutura da gama, que passa a ter no nível de equipamento Opera a proposta mais completa. Preços ainda não há, mas as restantes alterações são já conhecidas e recaem essencialmente na variante eléctrica E-Tense.

Continuando a propor uma gama de motorizações variada (gasolina, gasóleo e eléctrica), a renovação mais profunda do pequeno SUV gaulês incide na versão a bateria, com a DS aqui a esgrimir como trunfo os conhecimentos adquiridos com o seu envolvimento na Fórmula E. O resultado mais sonante prende-se com o incremento da autonomia, que salta nada mais nada menos que 62 km face à versão ainda nos concessionários, fixando-se agora nos 402 km, segundo o ciclo combinado WLTP (12,6 kWh / 100 km). E isso é possível graças à troca do antigo motor de 136 cv por um novo de 156 cv (115 kW) e 260 Nm, tal como o futuro e-308 vai montar, o mesmo acontecendo ao renovado Peugeot e-208. O novo motor eléctrico híbrido síncrono (HSM) é montado em Trémery-Metz, o redutor é produzido em Valenciennes e a bateria com mais capacidade é montada em Poissy, de onde saem todos os DS 3.

Se o motor é mais potente e eficiente, a bateria também é nova, com maior densidade energética e usufrui de regulação térmica por circulação de líquidos e uma bomba de calor, permitindo carregamentos rápidos até 100 kW em corrente contínua, o que lhe permite ir de 0 a 80% em 25 minutos (em corrente alternada, a 11 k, uma carga completa faz-se em 5 horas). Mais importante que isso, melhora também em termos de capacidade, passando dos anteriores 45 kWh utéis para 50,8 kWh (54 kWh de capacidade bruta), com a marca a mencionar uma “vida útil de maior duração”, embora não avance dados concretos a esse respeito. Refere, isso sim, é que o pack é agora mais compacto, com a distribuição a fazer-se debaixo dos bancos e do túnel central, sem que tal altere a posição de condução ou a habitabilidade face às versões térmicas. A DS realça ainda que o 3 a bateria também foi alvo de alterações na frente e nas rodas para melhorar a aerodinâmica e, com isso, favorecer a autonomia. O ganho máximo, em termos de SCx, é de 7,6%.

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Por fora, não há alterações substanciais ou radicais, sendo necessário um olhar atento para distinguir o renovado DS 3 do anterior. Há basicamente elementos redesenhados ou retocados, caso do pára-choques, da grelha e das DS Wings, a assinatura luminosa da marca. Já na secção traseira as modificações são ainda mais ligeiras, incidindo nas luzes e na tampa da bagageira, que passam a exibir a inscrição “DS AUTOMOBILES” com as letras em aço inoxidável polido em relevo e sublinhadas por um detalhe em preto lacado. Nota ainda para o novo desenho das jantes de 17 e 18 polegadas.

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No interior encontra-se um novo volante, com uma nova disposição dos comandos de assistência ao condutor e dos botões de infotainment, enquanto o ecrã central mantém as 10,3 polegadas, mas passa a ser proposto de série. É ele a porta de entrada para o novo sistema de infoentretenimento DS Iris System que, entre outras funcionalidades, oferece navegação conectada e reconhecimento de comandos vocais, conforme pode ver no vídeo abaixo.

Quanto aos bancos, algo a que a DS dá especial atenção para harmonizar conforto e requinte, são feitos com uma espuma de alta densidade com o revestimento a variar consonante o nível de equipamento. À frente, os assentos podem contar com regulação eléctrica, aquecimento e massagem da zona lombar.