Acompanhe aqui o nosso liveblog da guerra na Ucrânia

Após as recentes declarações do líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, de que a Rússia deveria ponderar utilizar armas nucleares táticas na Ucrânia, o secretário de Estado britânico garantiu que se Moscovo o fizer haverá uma resposta.

Seria inevitável que, em caso de uso de armas nucleares por qualquer país em qualquer lugar no mundo, houvesse uma resposta”, disse James Cleverly, citado pelo The Telegraph, num evento do Partido Conservador.

Desde o início da guerra, o líder russo ameaçou, mais do que uma vez, recorrer a armas nucleares para defender a integridade do país. A Rússia tem ao seu dispor armas nucleares estratégicas, mas também táticas. Estas últimas são mais pequenas e foram concebidas para serem utilizadas em campos de batalha ou ataques limitados, por exemplo, para destruir uma coluna de tanques ou outras instalações militares.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Utilizadas em campos de batalha e lançadas de mísseis. O que são as armas nucleares táticas, que Putin poderá utilizar na Ucrânia?

No evento, Cleverly disse ainda que o Reino Unido vai continuar a apoiar Kiev “até que a guerra seja vencida”, uma vez que desistir agora enviaria ao “agressor” uma “mensagem errada” sobre a resolução do país.

Vamos apoiá-los até que a integridade territorial seja restaurada. Vamos apoiá-los até que o último tanque russo seja arrastado.”

Já numa mensagem dirigida em particular ao Presidente russo, Vladimir Putin, e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, Cleverly condenou a anexação russa de quatro regiões ucranianas. “Se estão a ouvir este discurso, senhor Putin e senhor Lavrov, deixem-me ser claro: nunca iremos reconhecer a anexação de Lugansk, Donetsk, Kherson, Zaporíjia ou Crimeia“.

Na semana passada, Putin anunciou a anexação das quatro regiões, num passo amplamente criticado pela comunidade internacional. Na segunda-feira, a câmara baixa do Parlamento russo (Duma) ratificou os tratados sobre a integração dos territórios e esta terça-feira foi a vez da câmara alta, o Conselho da Federação russa, fazer o mesmo. Agora falta apenas a assinatura oficial de Putin.