Um homem e uma mulher invadiram o National Gallery of Victoria, em Melbourne, na Austrália, para tocarem num quadro de Pablo Picasso em protesto contra as alterações climáticas. Os ativistas — 59 e 49 anos, respetivamente — colaram as mãos ao acrílico da obra Massacre na Coreia (1951) e colocaram no chão um cartaz que dizia: “Caos climático = guerra e fome”.

O Extinction Rebellion — movimento que realiza ações em conveniência do clima e da emergência climática — reivindicou a atitude dos dois protestantes na rede social Twitter, onde acompanha com uma frase do pintor espanhol “O que se faz é o que conta. Não o que tinha a intenção de ser feito”.

A insólita invasão que aconteceu às 12h40 hora local (23h40 em Lisboa) do passado domingo foi registada por turistas e partilhada nas redes sociais mostrando o evidente espanto de algumas das pessoas no local enquanto os dois ativistas gritavam em protesto e posteriormente a atuação dos seguranças do espaço.

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O The Guardian revela que os militantes pela ação climática tinham o objetivo de se dirigirem especificamente a esta obra. “Sabíamos que podíamos fazer esta ação sem prejudicar a própria obra de arte. A nossa intenção era colar-nos ao acrílico mas protegê-lo.”, diz Brad Homewood, porta-voz da Extinction Rebellion. Consideram ainda que a pintura representa os governos e instituições mundiais que podem aplicar medidas contra o avanço do fenómeno climático.

O porta-voz da polícia de Victoria disse que foram retirados do museu os dois manifestantes e uma outra pessoa — às 14h00 (1h00 em Lisboa) — que se suspeita que tenha ajudado na realização do protesto. Os três foram presos mas acabaram por ser libertados de imediato: “O casal e um homem de 49 anos foram detidos e estão a ajudar a polícia com as suas investigações.”