E fez-se história: A missão DART conseguiu, pela primeira vez, alterar a trajetória do asteróide Dimorphos e empurrá-lo para fora da sua órbita natural. A informação foi confirmada esta terça-feira pela NASA, que disse, em comunicado, que este acontecimento “marca a primeira vez que a humanidade altera deliberadamente a rota de um objeto celeste e é a primeira demonstração em grande escala da tecnologia de desvio de asteróides”.

Todos temos a responsabilidade de proteger o nosso planeta de origem. Afinal, é o único que temos”, referiu Bill Nelson, administrador da NASA, também citado pelo comunicado.

E acrescentou: “Esta missão mostra que a NASA está a tentar preparar-se para qualquer coisa que o universo nos traga. Na NASA temos demonstrado que levamos a sério o nosso papel como defensores do planeta. Este é um momento decisivo para a defesa do planeta e para toda a humanidade, o que demonstra o compromisso da equipa excecional da NADA e dos seus membros de todo o mundo.”

Na prática, alcançar este objetivo servirá para que os astrónomos possam, ao longo dos próximos dias, “avaliar melhor se uma missão como a de DART poderia ser utilizada no futuro para proteger a Terra de uma colisão com um asteróide“, explicou Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciências Planetárias da NASA.

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A “missão kamikaze” da NASA para desviar asteróides e (um dia, se for preciso) salvar a Terra

A colisão entre o satélite da NASA e o asteróide aconteceu no dia de 26 de setembro e, desde essa altura, “o astrónomos têm estado a utilizar telescópios terrestres para saber há quanto tempo mudou essa órbita”. A confirmação surgiu então esta terça-feira: com uma margem de erro de, aproximadamente, dois minutos, é possível dizer que a órbita do asteróide Dimorphos foi reduzida de 11 horas e 55 minutos para 11 horas e 23 minutos.