O Tik Tok tem agora uma funcionalidade em que é possível aos utilizadores receber dinheiro através dos “presentes” enviados pelos seus fãs. Mas ao que a BBC apurou, a plataforma está a apropriar-se do dinheiro dos utilizadores.

É cada vez maior o números de pessoas sírias que utiliza a rede social Tik Tok para pedir ajuda financeira, como o caso de Mona Ali Al-Karim que entra em live para conseguir arrecadar a ajuda necessária para as contas hospitalares da sua filha. No entanto, os termos e condições da aplicação são muito claros ao explicar que o dinheiro não pode ser pedido ou exigido, e ser apenas um ato generoso dos espetadores.

De acordo com a BBC, os tiktokers sírios não estão a receber a totalidade do dinheiro que lhes é enviado. O canal televisivo britânico fez o teste e enviou presentes no valor de 106 dólares para um dos livestreamers sírios, o mesmo que revelou ter recebido apenas 33 dólares, o que significa um corte de 69% do valor real que deveria ter ganho — já a contar com a comissão que a aplicação lucra através do movimento do dinheiro.

Outro dos problemas é que muitos dos que usam a plataforma para angariar dinheiro são crianças refugiadas em campos sírios, o que vai contra uma regra imposta pela plataforma. Marwa Fatafta, membro da organização pelos direitos digitais Access Now, diz que a aplicação é muito clara sobre “prevenir os danos, ameaças ou explorações” dos utilizadores menores de idade. A BBC identificou 30 contas com estas características, as quais denunciou, mas não foram aplicadas sanções. O Tiktok apenas eliminou os perfis quando foi diretamente contactado pelo órgão de comunicação social.

Estamos profundamente preocupados com as informações e alegações que a BBC nos trouxe, e tomámos medidas rápidas e rigorosas. Este tipo de conteúdo não é permitido na nossa plataforma, e estamos a reforçar ainda mais as nossas políticas globais sobre a exploração e a mendicidade”, revelou a plataforma que conta com milhões de utilizadores.

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