794kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Highgrove, o refúgio do Rei Carlos III que tem os jardins abertos ao público

Este artigo tem mais de 1 ano

É uma propriedade com uma casa do século XVIII que Carlos III adquiriu em 1980. Desde então os jardins tornaram-se um projeto de vida e podem ser visitados. A agenda para 2023 já está aberta.

8 fotos

Carlos III comprou uma casa com uma propriedade no campo inglês em 1980 e foi fazendo dela um projeto pessoal e, consequentemente, quase um monumento natural nacional. Highgrove pode ser conhecida como a casa do príncipe onde viveu com Diana e os filhos e onde atualmente vive com Camilla, a rainha consorte, mas é também o exemplo da importância que dá a Natureza, à sustentabilidade e à vida no campo. Highgrove já foi cenário de muitas fotografias, já deu o mote e documentários e até um livro em que é protagonista. No dia em que Carlos celebra o seu primeiro aniversário como soberano, fazemos uma visita pelo seu refúgio.

Uma visita pelos jardins de Carlos III

Os jardins de Highgrove são famosos. Têm a sua própria conta de Instagram, em Highgrove Gardens, e importa lembrar que são considerados dos mais inspiradores e inovadores do Reino Unido, segundo a Country Living. A melhor parte é que estão abertos ao público e podem ser visitados, segundo marcação. Para este ano já não há visitas disponíveis, mas para 2023 já está aberta a agenda, entre os meses de abril e setembro.

Meadow. © Highgrove: An English Country Garden by HRH The Prince of Wales with text by Bunny Guinness, Rizzoli New York, 2015

Compulsory Credit: GAP Photos/Highgrove - A. Lawson

A visita aos jardins custa 29,50 libras (um pouco mais de 33 euros), é guiada, tem duração de uma hora e meia e cada grupo é composto por um máximo de 26 pessoas. Mas atenção, para visitar Highgrove é preciso uma identificação com fotografia, afinal, trata-se da casa do Rei, e não é permitido fumar na propriedade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As visitas incluem passagem pela loja da propriedade onde se podem comprar produtos artesanais, inspirados tanto naquele local, como nos gostos do Rei, e, no final do passeio, quem quiser pode degustar uma refeição na Orchard Room, onde sempre que possível são usados produtos locais, com vista para a zona da propriedade com o mesmo nome Orchard Terrace (Pomar).

Um dos destaques desta visita é o colorido prado Wildflower, com várias flores, incluindo nativas. O Thyme Walk (passeio de tomilho) foi uma das primeiras criações do Rei em Highgrove e é hoje uma das principais atrações para os visitantes. Há também vários jardins com nome próprio, Carpet Garden, Lily Pool Garden, Sundial Garden, e um Kitchen Garden (Jardim da Cozinha) com uma série de frutos.

Sundial Garden e Cottage Garden © Highgrove: An English Country Garden by HRH The Prince of Wales with text by Bunny Guinness, Rizzoli New York, 2015

Andrew Butler

O refúgio do Rei

Carlos comprou a casa e o jardim em 1980, ainda antes de se casar com Diana, o que viria a acontecer em julho de 1981. Esta casa tem sido residência do príncipe de Gales desde então.  Dedicou muito tempo e energia ao projeto dos jardins e introduziu a agricultura biológica, fazendo com que desde 1994 a propriedade tenha o estatuto de orgânica.

A casa em estilo neoclássico data de do século XVIII, depois passou por vários proprietários até chegar à família de Harold Macmillan (que foi primeiro-ministro britânico entre 1957 e 1963). O senhor que se seguiu foi o príncipe de Gales, quando o Ducado da Cornualha comprou a propriedade.

A casa contará ainda com uma sala de pânico protegida por aço, para proteção dos membros da família real, segundo conta a House & Garden. Neste espaço haverá provisões médicas, recipientes com sangue do mesmo grupo de Carlos e Camilla, comida e bebida, transmissores de rádio e purificadores de ar, por exemplo.

Rei Carlos III faz 74 anos. No primeiro aniversário enquanto monarca, passou a supervisionar o Grande Parque de Windsor

Highgrove fica no campo inglês, em Gloucestershire, mais precisamente na zona de Cotswolds, uma zona rural no centro de Inglaterra que ficou especialmente famosa nos últimos anos. Está a cerca de duas horas de carro de Londres. Quando Carlos ainda era príncipe de Gales, esta casa era a sua residência e era aqui que vivia com a duquesa da Cornualha, partilhando o tempo com a residência em Londres, Clarence House.

Agora que é Rei, ditava a tradição que se mudasse para Buckingham que, desde o tempo da Rainha Victoria, tem sido a residência oficial do soberano. Contudo o novo Rei terá intenção de continuar a fazer de Clarence House a sua casa, segundo noticiava o Sunday Times em outubro. O palácio está num longo processo de renovação de 10 anos que deverá estar completo em 2027. Segundo explica a revista Hello, a casa e a propriedade pertencem ao Ducado da Cornualha, que foi herdado pelo príncipe William quando o pai se tornou Rei.

Carpet Garden e Kitchen Garden © Highgrove: An English Country Garden by HRH The Prince of Wales with text by Bunny Guinness, Rizzoli New York, 2015

Compulsory Credit: GAP Photos/Highgrove - A. Butler - Designed by HRH and Mike Miller from Clifton Nurseries. Exhibited Chelsea 2001.

Um jardim que pode ser visitado em livro

“De muitas formas, o jardim de Highgrove representa uma tentativa muito pequena de curar o dano terrivelmente míope feito ao solo, à paisagem e às nossas almas”, escreveu o príncipe Carlos na introdução do livro “Highgrove: an english country garden by HRH The Prince of Wales”.

O agora Rei Carlos dedica-se à agricultura orgânica há muito tempo e a sustentabilidade tem sido uma das suas bandeiras muito antes de ser um dos temas quentes do momento. Este livro celebra um jardim em construção há mais de três décadas e o facto de ser orgânico e amigo do ambiente.

A edição da Rizzoli, originalmente lançada em 2015

O livro da editora Rizzoli foi inicialmente publicado em 2015 e Carlos dividiu a autoria com Bunny Guinness, arquiteta paisagista e jornalista. A obra contou ainda com três fotógrafos, Marianne Majerus, Andrew Butler, e Andrew Lawson. A obra está dividida pelos 12 meses do ano e no fim conta com uma lista de plantas.

“Como uma viagem pessoal através de cada uma das estações do ano, o príncipe e a arquiteta paisagista Bunny Guinness, descrevem o pensamento por trás de cada plantação, lições aprendidas da tentativa erro, os pontos altos e triunfos, bem como planos para o futuro”, lê-se na apresentação do livro. Uma parte da venda de cada livro  reverte para The Prince’s Trust Foundation,  criada pelo príncipe da década de 1970, que tem o ambiente, a responsabilidade dos negócios, os jovens, a educação e a sustentabilidade entre as suas causas.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos