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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, disse que, confirmando-se a queda de um míssil russo em território polaco, a Rússia “não ficará sem a devida resposta”.

“Se se confirmarem estas notícias — ainda não tenho confirmação —, é mais uma irresponsabilidade por parte do Presidente do Putin, por parte das autoridades russas. Naturalmente, não ficará sem a devida resposta“, disse Gomes Cravinho aos jornalistas num evento na Cordoaria Nacional.

Míssil atingiu quinta com cereais. Viu-se “um objeto estranho a cair rapidamente”

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Segundo o governante, “a solução atual para se reverter a escalada é a retirada das forças russas dos territórios ocupados desde 24 de fevereiro”: “Esperamos que a Rússia faça isso de forma voluntária porque já percebemos que, no terreno, começa a haver condições para a Ucrânia obrigar a Rússia a fazer isso“.

Gomes Cravinho repetiu que a invasão da Ucrânia pela Rússia “representa um ataque à ordem internacional” por não ter “qualquer justificação” e por estar “completamente fora da legalidade internacional”.

O primeiro-ministro, António Costa, reagiu com cautela às notícias. Explicou que está a aguardar pela confirmação da origem dos mísseis, mas lembra que “há algo sobre o qual não é preciso esperar: qualquer arma de guerra é letal, qualquer arma de guerra não deve ser utilizada”.

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“Esta é a hora de construir a paz”, disse ainda Costa citando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O primeiro-ministro considera que “a Rússia não pode ganhar a guerra”, mas que devem ser “evitados novos incidentes”.

Numa declaração à margem de uma visita a Serralves, Costa disse ainda que a preocupação não é menor quando os mísseis caem na Ucrânia. “O que temos de fazer é um esforço tão rápido quando possível para que a guerra finde”, sublinhou.

Esta terça-feira ficou marcada pelo relato de que mísseis russos caíram no território da Polónia, um país que pertence à NATO. Entretanto, um porta-voz do ministério do Negócios Estrangeiros polaco confirmou a “queda de um míssil de fabrico russo” na localidade de Przewodów, a cerca de seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia. Por agora não se sabe se terá sido propositadamente ou por acidente. Num comunicado, Lukasz Jasina adiantou que o embaixador russo no país já foi convocado e foram exigidas explicações “imediatas”.

As autoridades polacas anunciaram que vão subir o nível de alerta de algumas unidades militares e aumentar a vigilância do espaço aéreo.