Alberto Núñez Feijóo, lider do Partido Popular espanhol, acusou o governo de Pedro Sánchez de estar a retirar predadores sexuais da prisão mais cedo à conta da lei que ficou conhecida como “Só Sim É Sim”, que obriga a um consentimento expresso nas relações sexuais e que equipara o abuso sexual à violação.

Num evento no Centro Desprotivo Antonio Magariños, Alberto Núñez Feijóo afirmou que em Espanha “criminosos sexuais estão a ser libertados da prisão devido a uma lei mal elaborada que eles se recusam a corrigir”, citou o El Español.

O líder do Partido Popular refere-se ao facto de, apesar de todas as interações sexuais não consentidas terem passado a ser julgadas como um crime de violação, a pena mínima ter sofrido uma redução de seis para quatro anos — embora algumas agravantes possam aumentá-la.

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À conta desta reforma, os condenadas por crimes sexuais podem pedir uma revisão da pena e sair da prisão mais cedo — ou então de imediato, caso a nova avaliação determine que já cumpriram tempo suficiente. São críticas que Feijoó já tinha tecido na última terça-feira, quando disse num debate:”Enquanto falamos, os agressores sexuais podem estar a ser libertados da prisão e pode haver agressões sexuais punidas com menos intensidade devido à arrogância na hora de legislar”, cita a Cadena Ser.

E a que Pedro Sánchez já tinha respondido: “Não pode dizer que defende os direitos das mulheres e concordar e governar com aqueles que banalizam os direitos das mulheres”.

“Antes de darem lições de constitucionalismo, cumpram a Constituição”, atirou Sánchez, depois de recordar: “Ao longo destes 40 anos votaram contra a lei do divórcio, do aborto, da lei da igualdade entre homens e mulheres, da liberdade sexual e agora dizem não aos critérios do Ministério Público”.