O Presidente da República decidiu, no dia em que Portugal comemora a recuperação da independência depois do domínio espanhol, destacar o papel dos ciganos que “deram a vida pela independência nacional” e lamentar a “discriminação” de que têm sido alvo.

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo faz questão de lembrar os portugueses “de tantas origens” que participaram no movimento revolucionário que culminou, em 1640, na restauração da independência. E, nesse contexto, quer também “lembrar os portugueses de etnia cigana”, cujo papel também foi reconhecido, lembra, pelo rei D. João IV, depois de o golpe revolucionário ter acabado com o domínio espanhol e a dinastia filipina em Portugal.

“O ‘cavaleiro fidalgo’ Jerónimo da Costa e muitos dos duzentos e cinquenta outros ciganos que serviram nas fronteiras ‘procedendo na forma de traje e lugar dos naturais’ tombaram por Portugal“, recorda Marcelo, frisando a “homenagem” e “gratidão” que quer deixar expressa.

Sobretudo para deixar uma mensagem política: este “dever de memória”, frisa o Presidente, é de “elementar justiça” e serve para, voltando ao presente, “romper com tanto esquecimento e discriminação de que os ciganos têm, infelizmente, sido alvo no nosso País”.

Na mesma mensagem, Marcelo saúda o Dia da Restauração e elogia os “valorosos guerreiros” que combateram neste “dia importante e significativo da História de Portugal” em que o povo português recuperou a sua independência. Um movimento no qual, insiste, “muitos se implicaram, descontentes com a situação do País, aquém e além-mar, e com as suas condições de vida”.

Para assinalar este dia, o Presidente participará numa sessão evocativa na Praça dos Restauradores, em Lisboa, e na inauguração de uma exposição no Palácio da Independência.

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