A mulher de Grant Wahl revelou as causas da morte do jornalista norte-americano, que caiu inanimado na zona da imprensa durante o jogo entre Argentina e Países Baixos para os “quartos” do Mundial.

Grant morreu da rutura de um aneurisma da aorta ascendente, não detetado e de crescimento lento, com hemopericárdio. A pressão no peito que sentiu pouco antes da sua morte pode ter representado os sintomas iniciais”, explicou Céline Gounder, que é médica, num comunicado publicado nas redes sociais.

Revelando que o marido foi autopsiado num hospital em Nova Iorque, Gounder garantiu que, por mais manobras de reanimação que tivessem sido feitas, ou choques dados, isso não teria sido suficiente para o salvar”. Além disso, sublinhou ainda “sua morte não esteve relacionada com a covid-19. Não esteve relacionada com qualquer vacina”. A mulher do jornalista agradeceu, no mesmo comunicado, as mensagens de conforto que a família tem recebido e todo o esforço de diversas entidades, incluindo a Casa Branca e a federação norte-americana de futebol, para a trasladação do corpo do marido.

Jornalista que usou camisola com as cores do arco-íris morre subitamente no Qatar

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Aos 48 anos, Grant Wahl “colapsou” enquanto cobria a partida entre neerlandeses e argentinos. Após a tragédia, a organização do Campeonato do Mundo do Qatar revelou que o jornalista norte-americano recebeu assistência médica “de imediato”. Foi depois transferido para o Hamad General Hospital, onde acabou por morrer.

Segundo a CNN, num episódio do podcast que mantinha, Futbol with Grant Wahl, publicado a 6 de dezembro, o jornalista contou que se tinha sentido mal, tendo registado sintomas como um “aperto no peito”. Wahl chegou a dirigir-se à clínica do centro de imprensa, onde lhe foi dado ipobrufeno. O jornalista revelou ainda outro episódio de mal estar a 3 de dezembro, após o jogo entre os EUA e os Países Baixos.

“Tens de mudar de t-shirt. Essa não é permitida!”: jornalista garante ter sido detido por camisola com arco-íris

O jornalista tinha sido notícia logo no segundo dia do Campeonato do Mundo. Wahl foi detido por ter usado uma camisola com uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQ+. Wahl contou na altura que foi abordado pela segurança do estádio, e que lhe foi pedido que mudasse de roupa, por estar a usar um símbolo não permitido, uma vez que a homossexualidade é proibida no Qatar. Foi-lhe ainda confiscado o telemóvel. Wahl esteve detido durante cerca de 25 minutos, tendo recebido um pedido de desculpas da FIFA após ter sido libertado.

Após ser conhecida a notícia da morte do jornalista, o irmão do jornalista, Eric Wahl, publicou vídeo no Instagram no qual assumia acreditar que este tinha sido assassinado. “Sou gay, sou a razão pela qual o meu irmão usou a t-shirt com o arco íris no Campeonato do Mundo. O meu irmão era saudável disse-me que recebeu ameaças de morte. Eu não acredito que o meu irmão morreu simplesmente. Acredito que ele foi morto“, afirmou no vídeo.