O chefe do grupo russo de mercenários Wagner, Yevgueni Prigozhin, garantiu esta terça-feira que os combatentes da sua companhia militar privada “nunca estiveram na Sérvia” e que não há cidadãos sérvios nas suas fileiras.

“O (Grupo) Wagner nunca esteve na Sérvia. E nunca teve nenhum contacto com a Sérvia. Não há cidadãos sérvios, neste momento, no Wagner”, disse o líder dos mercenários em resposta a uma pergunta de um meio de comunicação sobre a alegada presença de membros sérvios nas suas fileiras no norte do Kosovo, em dezembro, e na Ucrânia. “Todos os rumores que circulam sobre a interação do Grupo Wagner e da Sérvia são infundados”, defendeu Prigozhin.

O Governo sérvio criticou a tentativa da sua “amiga” Rússia recrutar mercenários na Sérvia para a guerra na Ucrânia e negou que membros do Grupo Wagner estivessem envolvidos no bloqueio das estradas sérvias do Kosovo, no norte do país, em dezembro passado.

“Por que fazem isto com a Sérvia? Por que convocam o povo sérvio para o Wagner se sabem que isso é contrário aos nossos regulamentos?”, disse o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, numa entrevista televisiva. A lei sérvia proíbe os seus cidadãos de participar em conflitos armados em outros países.

O líder nacionalista da Sérvia disse que “não é justo da parte dos amigos russos”, referindo-se a notícias que dão conta do recrutamento de combatentes sérvios para o Grupo Wagner.

Vucic lembrou que o seu país não aderiu às sanções impostas à Rússia por causa da invasão da Ucrânia, acrescentando que a Sérvia acolheu milhares de russos desde o início do conflito.

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