Pelo menos 37 migrantes morreram num incêndio numa delegação do Instituto Nacional de Migração (INM) mexicano, em Cidade Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos, disseram esta terça-feira várias fontes à agência de notícias EFE.

Na zona do incêndio, perto do Rio Grande, na área que divide México e os Estados Unidos, a agência EFE pode verificar dezenas de sacos com os corpos dos migrantes que morreram.

As autoridades mexicanas ainda não emitiram uma declaração oficial sobre o incidente, mas espera-se que o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, fale ainda esta terça-feira sobre o caso durante uma conferência de imprensa.

Na delegação do INM, localizada na ponte internacional Stanton-Lerdo, que liga Cidade Juárez a El Paso, no Texas, havia dezenas de migrantes detidos, a maioria da Venezuela.

A origem do incêndio ainda é desconhecida, mas testemunhas disseram aos meios de comunicação locais que o fogo começou na área onde os migrantes estavam detidos e alguns destes ficaram retidos no local.

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Vários agentes do INM tinham realizado, antes do incêndio, uma operação para retirar migrantes que mendigavam nas ruas.

A presença de migrantes na área intensificou-se este ano, desde que os Estados Unidos anunciaram novas medidas que incluem a deportação imediata de migrantes do Haiti, Venezuela, Nicarágua e Cuba.

A região vive um fluxo migratório recorde, com 2,76 milhões de migrantes ilegais detidos na fronteira entre os Estados Unidos e o México em 2022 e, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o fluxo migratório aumentou 8% no território mexicano.