O MI5, o serviço de segurança interna do Reino Unido, aumentou o nível de ameaça terrorista na Irlanda do Norte de “substancial” para “grave”. A população deve permanecer “vigilante”, mas não “alarmada”, explica Chris Heaton-Harris, ministro para a Irlanda do Norte, numa declaração escrita enviada aos deputados britânicos.

O aumento do nível de ameaça terrorista na Irlanda do Norte acontece somente um ano após ter sido reduzido pela primeira vez em 12 anos. Se no nível “substancial” um ataque é “provável”, no “grave” já é “altamente provável”.

A SkyNews refere que a mudança ocorre antes de uma visita de Joe Biden, Presidente norte-americano, à Irlanda do Norte em abril para assinalar o 25.º aniversário do Acordo de Belfast (Good Friday Agreement) — que tinha como objetivo acabar com os conflitos entre nacionalistas e unionistas sobre a questão da união da Irlanda do Norte com a República da Irlanda. Ainda não é conhecida a data exata em que Joe Biden estará na Irlanda do Norte.

Por sua vez, o The Guardian considera que a medida surge após o aumento da atividade republicana dissidente na região e depois de um ataque a John Caldwell, inspetor-chefe da Polícia da Irlanda do Norte, que foi baleado à frente no filho em Omagh. O detetive continua em estado crítico, mas estável, no hospital — 13 detenções relacionadas com a tentativa de homicídio já foram feitas. O ataque foi reivindicado pelo grupo nacionalista Novo IRA.

Ao anunciar a alteração do nível de ameaça terrorista, o ministro Chris Heaton-Harris recordou que existiam “um pequeno número” de indivíduos que continuavam a estar determinados em utilizar a “violência politicamente motivada”.

O MI5 é o responsável pela definição do nível de ameaça terrorista na Irlanda do Norte. Para o Reino Unido é o Joint Terrorism Analysis Centre que define qual o nível, sendo que, neste momento, permanece “substancial”. 

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