O líder da bancada do BE, Pedro Filipe Soares, assegurou esta segunda-feira que o grupo parlamentar bloquista “não realiza nem realizou” reuniões preparatórias de audições com membros do Governo ou elementos externos ao executivo.

Esta publicação de Pedro Filipe Soares no Twitter surge depois de uma longa publicação do presidente do PS, Carlos César, na rede social Facebook, na qual condenou a “habilidosa meia-verdade da oposição e de alguns seus amanuenses e um generalizado exercício de hipocrisia” sobre a reunião nas vésperas da audição da CEO da TAP em janeiro, e na qual participaram o deputado do PS Carlos Pereira e elementos dos ministérios que tutelam a companhia aérea.

“O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda não realiza, nem realizou, reuniões preparatórias de audições parlamentares com membros do Governo nem com pessoas exteriores ao Governo”, assegurou Pedro Filipe Soares.

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“Os grupos parlamentares que apoiam um Governo e esse Governo podem e devem ter reuniões periódicas, ao nível político adequado, mas essas reuniões não devem envolver outras personalidades que, pelo seu perfil mais técnico ou pelas responsabilidades que têm — seja à frente da administração direta do Estado, seja à frente da administração indireta ou à frente do setor empresarial do Estado”, afirmou o presidente da Assembleia da República, que participava nas cerimónias do Dia do Município de Tábua, no distrito de Coimbra.

Para Augusto Santos Silva, personalidades de perfil mais técnico, como é o caso de Christine Ourmières-Widener, “não devem participar em encontros de natureza mais política”.

Na audição de terça-feira, Christine Ourmières-Widener identificou o deputado e coordenador do PS na comissão de inquérito Carlos Pereira como um dos presentes naquela reunião de 17 de janeiro.

No final da audição, Carlos Pereira disse aos jornalistas que se trata de um procedimento natural “partilha de informação”.

Na quinta-feira, o Ministério das Infraestruturas disse que foi informado, em 16 de janeiro, que a TAP tinha interesse em participar na reunião do dia seguinte com o grupo parlamentar do PS e que João Galamba “não se opôs”.