O Presidente do Brasil, Lula da Silva, esclareceu, esta terça-feira, que se opõe à “violação da integridade territorial” da Ucrânia, após ter sido duramente criticado pelo Ocidente.

O chefe de Estado brasileiro assinalou, durante o fim de semana, que os Estados Unidos e a União Europeia “entraram diretamente” no conflito da Ucrânia e que estão a alimentá-lo ao concederem armas a Kiev. Bruxelas e Washington condenaram as declarações de Lula — e a Casa Branca acusou Lula da Silva de “papaguear propaganda russa e chinesa”.

EUA condenam declarações “profundamente problemáticas” de Lula da Silva sobre a Ucrânia: “Difundem propaganda chinesa e russa”

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Durante um almoço com o Presidente romeno, Klaus Werner Iohannis, Lula da Silva aproveitou para aclarar a sua posição relativamente à guerra, ainda que nunca aponte o dedo diretamente à Rússia. “Ao mesmo tempo que o meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito”, disse, citado pelo G1.

Para chegar a essa solução política negociada, o Presidente do Brasil reiterou que é necessário “criar urgentemente um grupo de países que tente sentar à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”.

No almoço com Klaus Werner Iohannis, o chefe de Estado brasileiro expressou igualmente ao homólogo romeno a sua “preocupação com a consequência global” do conflito na Ucrânia, principalmente no âmbito da “segurança alimentar e energética, especialmente nas regiões mais pobres do planeta”.