A Polícia Federal brasileira cumpre esta terça-feira 16 mandados de prisão contra apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeitos de participarem em atos de vandalismo em Brasília num ataque aos três poderes realizado a 8 de janeiro.

Segundo os media locais, 13 dos 16 suspeitos com mandado de prisão preventiva decretado já foram detidos.

Um comunicado emitido pelas autoridades locais explicou que a ação faz parte da décima fase da Operação Lesa Pátria, e tem o objetivo “de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os factos ocorridos a 8 de janeiro”, durante a invasão do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) “por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.”

Além dos mandados de prisão, estão a ser cumpridos também 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.

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A Polícia federal brasileira também destacou que os factos investigados “constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.

A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Dois juízes do STF, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, entregaram voto favorável para tornar 100 suspeitos identificados e detidos nos atos violentos perpetrados por bolsonaristas em Brasília réus em processos sobre a tentativa frustrada de tomar o poder e derrubar o atual Governo liderado pelo Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, a 8 de janeiro.