Centenas de peixes apareceram esta terça-feira de manhã mortos na praia de Matosinhos, no distrito do Porto, estando a Polícia Marítima no local a averiguar as causas, disse à Lusa o porta-voz da Marinha.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da Marinha, comandante Sousa Luís, confirmou que “há uma mancha de peixes mortos no areal da praia de Matosinhos” e que elementos da Polícia Marítima da capitania do Porto de Leixões estavam, às 12h30, a dirigir-se para o local para “averiguar a causa”.

Segundo Sousa Luís, o pescado morto que apareceu na praia de Matosinhos é “sardinha” e a causa mais provável será a queda acidental, ou intencional, de uma embarcação.

“Não há indícios de água contaminada por causa da quantidade baixa de peixes mortos”, acrescentou.

Segundo o comandante, a Câmara Municipal de Matosinhos é a entidade que vai proceder à remoção dos peixes que se encontram no areal.

O alerta para a Polícia Marítima foi feito através de uma queixa, disse, acrescentando que terão de ser feitas análises ao peixe para se apurar as causas, que são ainda desconhecidas.

Para o porta-voz, qualquer causa que seja por agora atribuída ao aparecimento dos peixes mortos, como poluição, água contaminada ou descarga do pescado de uma embarcação, é “especulação”.

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Uma banhista que se encontrava esta manhã no local adiantou à Lusa que o areal estava, às 11h00, com “centenas de peixes mortos ao longo de vários metros da praia, junto ao mar, onde crianças e adultos de banhavam”. Acrescentou ainda que “há muito peixe morto na água”.

No local a tratar da ocorrência esteve o comando local da Polícia Marítima.

A pesca da sardinha reabriu esta terça-feira, com um conjunto de limites diários para a descarga e venda, mas pode ser suspensa ou encerrada se, por exemplo, a quota for esgotada.

Segundo um diploma publicado em Diário da República na passada sexta-feira, a pesca da sardinha reabriu esta terça-feira a partir das 24h00.

O limite de descargas de sardinha capturada com a arte do cerco é de 37.642 toneladas, que são repartidas pelas várias embarcações cujos proprietários ou armadores pertencem a organizações de produtores (OP) e pelo grupo que não pertence a OP reconhecidas para a sardinha.