O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, vai visitar este sábado as obras que estão a ser realizadas no Parque Tejo, em Lisboa, local que em agosto deste ano vai acolher as celebrações finais da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com a presença do Papa Francisco e de mais de um milhão de jovens de todo o mundo.

Parolin, que é o número dois da hierarquia da Santa Sé, vai visitar as obras na companhia do presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas — numa visita de carácter privado, realizada à porta fechada. A informação foi confirmada esta sexta-feira em comunicado pela autarquia da capital.

A primeira informação sobre a visita foi enviada por volta da hora do almoço pelo gabinete de Moedas aos jornalistas, dando conta da agenda pública do autarca para este sábado e incluindo a visita de Pietro Parolin às 17h30. Poucas horas depois, contudo, o gabinete de Moedas enviou um novo comunicado a corrigir a informação: afinal, a visita teria um carácter privado, não sendo “aberta à comunicação social, não sendo por isso possível o acesso ao local, acompanhamento ou declarações”. Além disso, foi também desmarcada a hora da visita, não havendo ainda hora marcada.

O cardeal italiano é secretário de Estado do Vaticano desde 2013, ano da eleição do Papa Francisco, e encontra-se em Portugal por estes dias para presidir às celebrações da peregrinação internacional de 12 e 13 de maio, em Fátima — a última grande celebração religiosa no país antes da visita do Papa Francisco a Portugal, em agosto.

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Esta semana, o jornal digital 7MARGENS, especializado em informação religiosa, já tinha adiantado a informação de que o cardeal Parolin iria visitar os terrenos da JMJ.

De acordo com aquele jornal, o secretário de Estado do Vaticano deverá ser acompanhado durante a visita aos terrenos por várias autoridades nacionais, incluindo o Presidente da República, elementos do Governo e das autarquias de Lisboa, Loures e Oeiras. Figuras da Igreja como o bispo-auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ, e o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, também deverão estar presentes.

No Parque Tejo-Trancão, na região oriental da cidade de Lisboa, estão a ser feitas obras de fundo para requalificar um antigo aterro sanitário e o transformar num grande parque verde que vai acolher os maiores eventos da JMJ — a vigília e a missa final dos jovens com o Papa Francisco.

As obras do terreno estiveram envolvidas em controvérsia depois de o Observador ter noticiado que o altar-palco onde o Papa vai celebrar a missa final iria custar 4,2 milhões de euros. Depois da polémica, o projeto foi redesenhado e o custo baixou para 2,9 milhões de euros.

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Notícia atualizada às 17h44 com a informação de que a visita será à porta fechada