O Governo pretende reduzir para “não mais” do que 1.200 o número de crianças e jovens em acolhimento residencial até 2030, uma das metas das Bases para a Qualificação do Sistema de Acolhimento de Crianças e Jovens, esta quinta-feira apresentadas.

Na sessão de apresentação, que juntou várias dezenas de pessoas no Centro de Congressos de Lisboa, a secretária de Estado para a Inclusão defendeu que importa refletir sobre o modelo de acolhimento.

“Não estamos contentes com o sistema que temos e que podemos apresentar neste momento. Queremos muito mais privilegiar o modelo que aposte preferencialmente no acolhimento familiar em detrimento de um acolhimento residencial”, disse Ana Sofia Antunes.

De acordo com a secretária de Estado, este objetivo destina-se sobretudo às crianças nas primeiras idades ou até aos 12 anos e o Governo já definiu a meta que quer alcançar nos próximos sete anos. “A nossa meta é conseguir passar das atuais cerca de 6 mil crianças em acolhimento residencial para não mais do que 1.200 em 2030″, revelou Ana Sofia Antunes, sublinhando que esta é a meta de referência.

Questionada sobre a definição desta meta e o porquê deste número, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social explicou que foi feita uma avaliação e que a intenção é que as novas crianças que entrem no sistema e que precisem de acolhimento tenham preferencialmente acolhimento familiar.

“O nosso objetivo é promover acolhimento familiar em sintonia completa com o que é a lei. Isto significa que, com a distribuição das idades que nós temos no sistema de acolhimento, se conseguirmos caminhar no sentido de as crianças mais pequenas serem logo, num primeiro momento, abrangidas por acolhimento familiar conseguiremos até 2030 chegar a estes números”, adiantou Ana Mendes Godinho.

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