Jogar quatro finais das últimas cinco edições da Liga dos Campeões traz experiência. O FC Barcelona estava a perder por 2-0 ao intervalo contra o Wolfsburgo. Reagir a uma desvantagem no final da primeira parte foi algo que a equipa blaugrana, em tempos não conseguiu fazer. Em 2021/22, frente ao Lyon, a equipa catalã perdia por 2-1 e, na segunda metade, só conseguiu tornar ainda mais negativo o resultado diante do conjunto francês, acabando por perder o troféu.

Por muito melhor que seja o relato, há experiências dolorosas que só quem as sofre está pronto para reagir a elas. “Este jogo teve todas as emoções que poderia ter. Estou tão feliz. A perdermos por 2-0 ao intervalo, tive um grande flashback da última final e pensei: ‘não vai acontecer de novo'”, disse a jogadora do FC Barcelona Caroline Graham Hansen. Assim, o que se pode dizer é que Patricia Guijarro (48′ e 50′) fez em dois minutos no PSV Stadium o que tanto se procura fazer o maior número de vezes no espaço de 90. Aí, tudo mudou.

O arranque de partida do Wolfsburgo foi forte. Pajor (3′), a melhor marcadora da competição, roubou a bola a Lucy Bronze e, de fora de área, fez um grande golo que Sandra Paños ainda voou para tentar evitar. Depois, foi a inevitável Alexandra Popp (37′) que alargou a vantagem.

O resultado não era o melhor para o Barça ao intervalo e advinhava-se que uma caminhada que começou na fase de grupos com o Benfica não terminasse com o título europeu. A “hora Guijarro” chegou e alterou a direção do jogo com um sopro nas velas. Evitado que parecia estar o caminho para a desilusão, faltava completar a reviravolta. Fridolina Rolfö (70′) colocou a equipa blaugrana na frente.

“Sabíamos que tínhamos qualidade suficiente para virar o jogo. Acho que nunca estivemos preocupadas em marcar três golos, o que é algo louco de se fazer, mas é culpa do talento desta equipa”, comentou a lateral inglesa do Barça no final do encontro. “Tornámos as coisas difíceis para nós próprias na primeira parte, apesar de termos criado muitas oportunidades. Podíamos ter marcado muitos golos”.

Com o resultado final de 3-2, a capitã de equipa do FC Barcelona, Alexia Putellas, ausente durante quase toda a época por lesão, levantou a primeira Liga dos Campeões erguendo a braçadeira, a segunda do clube.

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