Ao 470.º dia da Guerra na Ucrânia poderá ter começado a contraofensiva ucraniana. Depois dos jornais internacionais o terem noticiado foi também a vez do Instituto para a Guerra ISW a assumir o início da contraofensiva. O que não foi confirmado pela Ucrânia.

Nesta quinta-feira, 8 de junho, na Guerra da Ucrânia, os impactos da destruição da barragem de nova Kakhovka continuaram a dominar as atenções, com queixas de que a evacuação estava a ser dificuldades e com alertas dos efeitos no ambiente e na saúde. Mas houve também o momento de tensão quando se avançou que os níveis de água estavam abaixo do necessário para a refrigeração dos reatores nucleares da central de Zaporíjia.

O que se passou durante o dia?

  • A Agência Internacional de Energia Atómica garantiu que a central de Zaporíjia continua a receber água da albufeira da barragem destruída de Nova Kakhovka para conseguir arrefecer os reatores nucleares. Isto depois do operador da barragem ter dito, durante a tarde, que os níveis de água tinham baixado ao ponto de não ser possível ser bombeada água para a central nuclear.
  • Volodymyr Zelensky, que esteve esta quinta-feira em Kherson, falou com ativistas ambientais e atirou culpas da destruição da barragem para Putin. “Este desastre é Putin”, declarou, dizendo que o a destruição da barragem teve mão humana e acusa a Rússia. Os dois países em conflito têm atirado culpas um para o outro por esta rutura que tem provado cheias ao longo do rio Dnipro e desalojado muitas pessoas.
  • Outra consequência da destruição da barragem tem sido também o arrastamento de lixo, detritos e até de minas e munições não detonadas.
  • Contraofensiva já começou? É falada há muito tempo, mas vários jornais internacionais deram esta quinta-feira conta de que tinha mesmo avançado. E o ISW, o Instituto para o Estado da guerra, também notou este início. “A atividade registada pela Ucrânia é consistente com uma variedade de indicadores de que as operações ucranianas da contraofensiva estão a decorrer”.
  • A Ucrânia não confirmou o início da contraofensiva.
  • A Rússia terá conseguido travar um ataque ucraniano em larga escala na região de Zaporíjia, segundo informações da Reuters, que revela que o ministro da defesa russo terá revelado que as forças ucranianas tentaram romper as defesas russas na região com 1500 tropas e 150 veículos blindados.
  • Nove mortes é a nova contabilização de vítimas pela explosão na barragem.
  • Nações Unidas aceitaram mobilizar equipas para ajudar a retirar os civis das zonas de Kherson ocupadas pelas forças russas, caso estas permitam o acesso à região. A Ucrânia prometeu passagem segura para as equipas da ONU, mas faltam as mesmas garantias dos russos, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
  • Procurador-geral ucraniano diz que um civil morreu durante os bombardeamentos em Kherson, enquanto decorriam evacuações nas zonas inundadas. A procuradoria abriu investigação. A Ucrânia acusa a Rússia de bombardear pontos de evacuação.
  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu aos países da Aliança que prestem “rapidamente” apoio às vítimas das inundações na Ucrânia. Isto numa reunião, em videoconferência, com Dmytro Kuleba que também falou com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, assegurando, segundo a CNN, que os Estados Unidos “estão a ajudar a mitigar as consequências”.

NATO apela a apoio rápido na sequência da destruição da barragem

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  • A Organização Mundial da Saúde advertiu para risco de surto de cólera com destruição de barragem na Ucrânia.

Agência de Energia Atómica garante que Zaporíjia continua a ter água para refrigerar reatores nucleares