Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à Rádio Observador, diz esperar que os ministérios da Agricultura e da Coesão Territorial acompanhem e apoiem quem quem ficou com as produções estragadas com o granizo que se formou de madrugada.

Douro. “São prejuízos que parecem pequenos, mas são grandes”, diz Marcelo Rebelo de Sousa

Em visita à Feira do livro de Lisboa, que termina esta terça-feira, o Presidente da República garante estar a acompanhar o que se está a passar. “Deixei recado a vários autarcas e estou a acompanhar”. Muitos “tiveram uma destruição apreciável e tenho a certeza que haverá do departamento da Agricultura e da Coesão Territorial o acompanhamento, são prejuízos que parecem pequenos mas são grandes. A palavra que deixei de solidariedade. Tinha estado com alguns deles no 10 de junho, ou antes, e de facto a palavra é solidariedade porque em pequenos municípios a capacidade financeira para aguentar isto é muito pequena”.

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Questionado sobre se deslocará a esses territórios, Marcelo diz que tem de ser ver a extensão e a dispersão das áreas afetadas. Mas deixou a ideia: “Se houver oportunidade…”

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Da mesma forma garante que tem já prevista visita ao Canadá, para onde Portugal enviará um contingente de 140 operacionais para ajudar no combate aos incêndios que fustigam o país da América do Norte.

Portugal envia quarta-feira equipa com 140 operacionais para o Canadá para combater incêndios

“Concordo” com o envio desses operacionais e “apoiei”.

Marcelo Rebelo de Sousa garante que “o Canadá está muito grato”, e indica que vai visitar o país. “Recebi convite das autoridades canadianas para visitar o Canadá”, acrescentando que já tinha intenção de “visitar as comunidades em setembro” e, agora, “foi coincidência (infeliz) porque tem sido devastador o panorama no Canadá, mas o facto é que Portugal foi dos primeiros, senão o primeiro, a por no território, num quadro europeu, operacionais seus”.

Mas o Presidente acredita que esse envio de operacionais não terá impacto em Portugal já que “estas intervenções são muito rápidas”, de uma a três semanas. “E esperemos que isso não aconteça em Portugal nos próximos dias, nem semanas”.

Questionado sobre o processo tutti frutti, em que a Procuradoria Geral da República constituiu uma equipa para a investigação com cinco magistrados em regime de exclusividade, Marcelo Rebelo de Sousa não prestou muitas declarações. “Eu acho que, se bem percebi o comunicado, a ideia era até ao fim do ano fazer uma avaliação de como acelerar rapidamente aquela parte que é da responsabilidade do Ministério Público“. E disse apenas: “Vamos esperar”.

Para a “célere conclusão da investigação”, PGR constitui equipa para operação Tutti Frutti com 5 magistrados em regime de exclusividade