Mil alunos das escolas da polícia vão fazer parte do policiamento da Jornada Mundial da Juventude, revelou esta quinta-feira o diretor da PSP, avançando que este modelo foi utilizado pela sua congénere espanhola quando o encontro se realizou em Madrid.

“Vamos também usar 1000 alunos que estão nos estabelecimentos de ensino em formação neste momento, à semelhança do que foi feito pela polícia espanhola na Jornada Mundial da Juventude que aconteceu em Madrid e que foi identificado, está nos relatórios da polícia espanhola, como uma excelente prática que colmatou muitas faltas de presença genérica”, disse aos jornalistas Manuel Magina da Silva, no final uma visita a dois imóveis adquiridos pelos Serviços Sociais da PSP para alojamento de polícias. O responsável esclareceu que estes alunos vão ser “obviamente enquadrados” por polícias.

A estes 1000 alunos vão juntar-se 1.800 polícias que vêm de outros comandos do país para reforçar o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), avançou o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, especificando que o efetivo deslocado para a segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é de 2.800, entre alunos e polícias.

Magina da Silva estimou que os polícias envolvidos no policiamento e segurança da JMJ serão “no mínimo” 10.000, incluindo já os elementos do Cometlis, da Unidade Especial de Polícia e Direção Nacional da PSP.

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O responsável explicou que todos os comandos do país vão reforçar o Cometlis com polícias, à exceção de Faro, Açores e Madeira, além de Bragança e Aveiro que apenas vão dispensar 10% do seu efetivo, em vez dos 20% previstos, uma vez que se vão realizar nestes locais eventos que não foi possível adiar.

Magina da Silva disse que JMJ, que se vai realizar na capital portuguesa na primeira semana de agosto, “é efetivamente um evento de dimensão sem precedentes no país” e que a PSP vai ter “um dispositivo policial e um policiamento sem precedentes na zona de Lisboa”. Por esse motivo, o diretor nacional da PSP suspendeu as férias dos polícias entre 26 de julho e 7 de agosto.

“Determinei que a generalidade dos comandos da PSP reforçasse o comando metropolitano de Lisboa com 20% do seu efetivo, porque esse é o limite máximo de polícias que podem estar de férias em cada comando. Esses 20% significam que, se não houvesse jornada, os comandos não teriam na mesma os 20%”, explicou.

Isto significa, segundo Magina da Silva, “um reforço muito significativo da capacidade operacional do Cometlis porque se quer “um policiamento muito forte, preventivo e de saturação na cidade de Lisboa”.

No final de maio, quando visitou a sede da JMJ, o diretor nacional da PSP tinha avançado que seriam 2.800 polícias que vinha de outros comandos do país para reforçar o Cometlis durante a JMJ. Questionado sobre esta alteração, respondeu que “são confusões de números”.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto e são esperados cerca de 1,5 milhões de pessoas, quase três vezes a população da cidade de Lisboa, contando ainda com a presença do papa Francisco.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.