O ex-presidente da Comissão Europeia (CE) José Manuel Durão Barroso antevê uma “guerra longa” na Ucrânia. “Não vejo nenhuma possibilidade, a curto prazo, de vitória de um dos lados, nem que nenhuma das partes esteja pronta para chegar a um acordo“, disse o também ex-primeiro ministro português em entrevista ao jornal espanhol El País.

Numa entrevista centrada na guerra e na relação da União Europeia com a China, Durão Barroso sublinhou a importância da manutenção do apoio à Ucrânia, uma vez que, acredita o ex-presidente da CE, Vladimir Putin não aceitará “uma derrota”. “No final, a solução dependerá da força militar. É por isso que é importante que continuemos a apoiar a Ucrânia”, reforçou.

Sem acordos à vista, Durão Barroso admite situação idêntica à das Coreias: “Vai ser dificílimo durante muito tempo; nem guerra, nem paz”

Durão Barroso lembrou que a “guerra na Ucrânia não tem a ver apenas com a Ucrânia. Trata-se da capacidade de ter países independentes, soberanos e democráticos na Europa”. “Se aceitarmos que um país possa invadir outro porque esse outro quer estar mais próximo da União Europeia, seria uma derrota muito importante para nós”, realçou o ex-presidente da CE.

O também presidente da Aliança Global das Vacinas elogiou a criação de um orçamento europeu de defesa, o que considerou “uma mudança de paradigma”. “A UE está a sair da adolescência geopolítica” e a tornar-se “um ator de política externa e de defesa”, realçou.

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