A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira um voto de pesar pelo falecimento do ator Luís Aleluia, aos 63 anos, que tinha “fortes ligações à cidade”, lembrando-o como um homem “solidário, genuíno e de grande coração”.

Apresentado pelo grupo municipal do PS e subscrito por PEV, CDS-PP, MPT, PAN, PSD, IL e Livre, o documento foi aprovado por unanimidade, expressando a todos os familiares do ator Luís Aleluia, “em especial a sua mulher Zita Favretto, amigos e camaradas, votos de condolências e profundo pesar“.

A assembleia fez também um minuto de silêncio em memória de Luís Aleluia, momento que terminou com aplausos ao ator, que morreu na sexta-feira, aos 63 anos, na cidade de Lisboa.

Os deputados municipais decidiram ainda “dar conhecimento deste voto ao Ministério da Cultura, Casa do Artista, RTP, SIC e TVI”.

Nascido em Setúbal em 23 de fevereiro de 1960, Luís Aleluia iniciou a carreira no teatro com 10 anos, quando pisou o palco pela primeira vez numa récita produzida pela Casa do Gaiato de Setúbal, instituição onde permaneceu até aos 16 anos.

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Em setembro de 1982 é convidado pelo empresário Vasco Morgado a participar na revista à portuguesa ‘Há!… Mas são verdes’, levada à cena no Teatro Variedades ao Parque Mayer, entre outros, onde foi bem referenciado pela crítica”, é referido no voto de pesar.

Nesse ano passa a integrar o elenco artístico do Teatro Maria Vitória, em Lisboa, onde participa em mais duas revistas à portuguesa: “Quem me acaba o resto!” e “O Bem tramado!”.

Ao longo da carreira, a ator participou em telenovelas e séries emitidas pelos canais de televisão RTP, SIC e TVI.

Luís Aleluia conseguiu maior popularidade pelo seu desempenho na série ‘As Lições do Tonecas‘, cujo papel de protagonista desempenhou ao longo de quatro anos consecutivos (1996 – 2000), contracenando com o ator Morais e Castro, no papel de professor”, destacou o grupo municipal do PS, no voto de pesar, realçando ainda a participação na série “Crónica dos Bons Malandros” e na novela “Pôr do Sol”, também emitidas pela RTP.

Atualmente, o ator encontrava-se a participar nas gravações de uma nova temporada da novela “Festa é Festa”, uma produção para a TVI e estava a percorrer o país com a peça de teatro “Bonito Serviço”, lê-se no voto de pesar, que refere que está ainda por estrear o filme “Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó”.

“Tinha fortes ligações à cidade de Lisboa e este ano, no âmbito das Festas da Cidade, foi padrinho da marcha popular do Bairro Alto“, tendo desfilado na Avenida da Liberdade no dia 12 de junho, de acordo com o voto.

A assembleia lembra o ator Luís Aleluia como “homem solidário, genuíno e de grande coração”, que foi ainda cooperador da Sociedade Portuguesa de Autores e foi membro efetivo da direção da Casa do Artista durante três mandatos.