O primeiro-ministro, António Costa, termina esta quarta-feira a sua primeira visita oficial a Timor-Leste, com uma ida ao Parlamento Nacional e ao cemitério de Santa Cruz, onde ocorreu o massacre em 1991, durante a ocupação indonésia. Esta é a primeira visita de um chefe de Governo estrangeiro desde a tomada de posse do novo executivo timorense, a 1 de julho.

Depois do primeiro dia ter ficado marcado pelo encontro com duas figuras históricas de Timor-Leste, o Presidente, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, o governante português inicia o segundo e último dia da visita no Parlamento Nacional, atualmente presidido por Fernanda Lay, a primeira mulher a ocupar o cargo em Timor-Leste.

Segue-se depois a visita ao cemitério de Santa Cruz, onde haverá lugar à deposição de flores na Cruz dos Mártires, numa homenagem às mais de 300 vítimas mortais a 12 de novembro de 1991. A agenda do primeiro-ministro português contempla ainda visitas a instituições educativas, como a Escola Portuguesa de Díli, a inauguração das novas instalações do Centro de Língua Portuguesa na Universidade Nacional Timor Lorosa’e, ao Centro Juvenil Padre António Vieira e ao Externato São José.

A acompanhar António Costa está a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e também o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que iniciou na segunda-feira uma visita oficial ao sudeste asiático, com passagem pela Indonésia, Timor-Leste e Filipinas para discutir a intensificação das relações económicas.

Após encontros com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Indonésia e de Timor-Leste, João Gomes Cravinho tem agendada para quinta-feira uma reunião com o ministro da Energia filipino, Rafael Lotilla.

No dia seguinte, o governante português será recebido pelo homólogo filipino, Enrique Manalo, para debater o papel das Filipinas como coordenador das relações entre a União Europeia e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), naquela que será a primeira vez que um chefe da diplomacia portuguesa se desloca àquele país para uma visita bilateral, com as questões económicas e o potencial de cooperação nas energias renováveis em destaque.

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