Os estudantes do Mestrado Integrado de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto vão ter disponível, a partir do próximo ano letivo, uma nova unidade curricular optativa de Medicina Aeroespacial, foi esta quinta-feira revelado.

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Em comunicado, o ICBAS esclarece esta quinta-feira que no ano letivo de 2023/24 os estudantes do Mestrado Integrado de Medicina vão poder escolher a disciplina de Medicina Aeroespacial, área em “forte expansão” e que tem suscitado “crescente curiosidade na comunidade académica”.

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A sua incorporação era premente no ideal de vanguarda e inovação na formação da Universidade do Porto e do ICBAS”, observa.

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A nova unidade curricular optativa será lecionada no 5.º ano do mestrado integrado e pretende “dotar os estudantes de conhecimentos fundamentais, bem como proporcionar o desenvolvimento de capacidades” na área aeroespacial e a sua aplicabilidade na saúde convencional.

Além de conhecimentos de fisiologia e adaptação ao ambiente espacial, os estudantes vão ter acesso a “áreas de saber de maior abrangência“, como a Física e Engenharia Aeroespacial, Economia e Direito do espaço e Empreendedorismo.

Os estudantes ficarão aptos a definir e compreender os ambientes aeroespaciais, aeronáuticos, a identificarem as principais alterações e desafios de saúde neste âmbito, a perspetivar as oportunidades empresariais e de investigação no setor espacial, em contexto nacional e internacional”, adianta o ICBAS.

Citado no comunicado, o diretor do Mestrado Integrado em Medicina, António Araújo, salienta que o mestrado “pretende disponibilizar aos estudantes um currículo atual, adaptado aos novos desafios e que lhes proporcione perspetivas de áreas promissoras“.

Esta nova UC [unidade curricular] é disso exemplo e é um orgulho podermos começar a proporcionar aos nossos futuros médicos o conhecimento que lhes vai permitir ter um papel ativo, a nível mundial, no desenvolvimento dos sistemas de apoio dos novos veículos aéreos e espaciais“, acrescenta.

Também citada no comunicado, a coordenadora da futura unidade curricular, Carolina Moreira, afirma que a disciplina visa “abrir horizontes aos futuros médicos numa área científica em franco desenvolvimento e num momento único na história, em que se preparam voos de longa duração e se perspetiva a chegada do homem a Marte”.

A medicina aeroespacial estuda e capacita médicos para a manutenção da saúde, segurança e performance das pessoas nas viagens aéreas, espaciais e ambientes extremos.