O cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições legislativas da Madeira, Roberto Almada, afirmou esta sexta-feira estar confiante que o partido pode eleger pelo menos um deputado e voltar, assim, a estar representado na Assembleia Regional.

Questionado se está confiante que o BE pode regressar ao parlamento madeirense, Roberto Almada respondeu “claro que sim”, acrescentando que um “bom resultado” é a eleição de pelo menos um deputado.

O candidato falava aos jornalistas à porta do Tribunal do Funchal, após a entrega da lista candidata pelo BE às eleições legislativas regionais de 24 de setembro.

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“Nós entregámos aqui hoje uma lista com pessoas, umas mais jovens, outras menos jovens, mas pessoas com muita força para trabalharem e fazerem uma campanha que diga aos madeirenses que nós estamos aqui para defendê-los”, salientou Roberto Almada.

A lista dos bloquistas é encabeçada por Roberto Almada, que já foi líder do partido na região e deputado na Assembleia Legislativa Regional em diversas legislaturas, seguindo-se Dina Letra, atual coordenadora do BE/Madeira, e Egídio Fernandes.

O BE, que entre 2015 e 2019 tinha dois deputados na Assembleia Legislativa Regional, perdeu a representação parlamentar nas últimas eleições.

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“Todos os dias ouvimos pessoas na rua dizerem que o Bloco faz falta no parlamento e é preciso que esse slogan se transforme em votos”, apelou, reforçando que “só com o voto [no BE] no dia 24 [de setembro]” é que o partido poderá regressar à Assembleia Legislativa Regional.

Roberto Almada frisou que o objetivo da candidatura é obter “mais confiança” dos eleitores para que o partido possa apresentar as suas propostas e “defender os interesses das pessoas”.

“Naturalmente, se nós achamos que o PSD e a governação PSD/CDS-PP não defende os interesses das pessoas, só tirando a maioria, só tirando força ao PSD e ao CDS, é que podemos ter mais força para que essas propostas sejam aprovadas e para que os problemas das pessoas sejam naturalmente resolvidos”, acrescentou.

O cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda destacou ainda algumas das propostas eleitorais na área da habitação, designadamente a fixação de uma percentagem de construção de habitação a custos controlados e de um teto máximo para as rendas.

“Não se pode admitir que, em plena cidade do Funchal, um T2 custe 1.000, 1.200, 1.300 ou 1.500 euros de renda por mês”, defendeu.

O candidato bloquista realçou igualmente que outra das propostas do BE diz respeito à valorização dos salários e das pensões, argumentando que “as pessoas têm cada vez menos dinheiro ao fim do mês”.

As candidaturas para as eleições legislativas regionais da Madeira têm de ser apresentadas no tribunal até segunda-feira.

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Nas eleições regionais de 22 de setembro de 2019, o PSD perdeu a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976, e formou um Governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). Nesse ato eleitoral, o PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.

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